A Petrobras, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), tem conversado com os potenciais compradores da Braskem sobre outros investimentos no setor petroquímico no Brasil, apurou o Valor. Neste formato, a gestora Apollo e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), que se uniram e fizeram proposta formal pela petroquímica, ganham força para avançar no negócio, segundo duas fontes.

As tratativas ainda são informais e as discussões sobre os potenciais projetos que podem ser executados em parceria não foram definidos, mas a estatal tem deixado claro a esses interlocutores que busca sócios para ampliar sua presença na indústria, além da Braskem. Desde a mudança de governo, a Petrobras tem reforçado que o setor petroquímico é importante para seus negócios e que não há intenção de vender sua fatia na companhia. A estatal não deverá se posicionar oficialmente sobre o tema porque está ainda discutindo seu plano estratégico.

Bancos credores da Novonor, dona do controle, com quase R$ 15 bi em dívidas garantidas por ações da Braskem, querem manter propostas formais na mesa.

Neste ponto, a combinação entre Apollo e Adnoc se enquadra por ter um sócio financeiro (a gestora americana) e um estratégico com experiência em operação petroquímica (a empresa árabe), afirmou uma pessoa a par do assunto. Em relação à proposta feita pela Unipar, parte dos bancos credores entende que a companhia de Frank Geyer Abubakir não teria fôlego financeiro no longo prazo para fazer uma consolidação no setor.

A diferentes interlocutores, Apollo e Adnoc demonstraram comprometimento com o crescimento da Braskem e da indústria petroquímica do Brasil. A própria estatal petrolífera anunciou ao mercado que recebeu uma carta das empresas com informações sobre a oferta não vinculante pela Braskem e sobre o interesse em discutir “potenciais negócios” … leia mais em Valor Econômico 06/07/2023