Santander projeta Ibovespa a 160 mil pontos em 2024, mas alerta para riscos
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As projeções otimistas levam em conta o corte de juros no Brasil e uma possível queda dos juros americanos.
As perspectivas de que os juros nos Estados Unidos caiam mais cedo do que o esperado levaram a bolsa brasileira para as alturas. E, com isso, as projeções também mudaram. Em seu relatório mais recente, os analistas do Santander passaram a estimar que o Ibovespa chegue aos 160 mil pontos no fim de 2024.
No relatório, os analistas afirmam que a visão positiva é baseada em diferentes fatores. Entre eles, claro, a economia norte-americana e também o ciclo de cortes da Selic. A expectativa do banco é que o Banco Central continue cortando os juros até que eles cheguem ao patamar de 9,5% no ano que vem.
Além disso, os analistas destacam que a crescente probabilidade de um arrefecimento da economia norte-americana pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a promover cortes nos juros já na segunda metade de 2024.
“Em junho de 2023, projetamos um cenário cíclico de altas para as ações brasileiras, apoiado na dinâmica de flexibilização das taxas de juros no Brasil. Desde então, o Ibovespa subiu 15%, mas ainda vemos espaço para uma recuperação mais forte, com o Ibovespa atingindo 160 mil pontos até o fim de 2024”, afirmam os analistas Aline Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Bellizzi Mota, que assinam o relatório.
O banco pondera, no entanto, que existem alguns riscos. O principal deles é em relação às pressões inflacionárias nos Estados Unidos, que podem levar o Fed a manter ou até mesmo aumentar o aperto monetário. Na semana passada, um dos principais dados de inflação dos EUA, o CPI, veio um pouco acima do esperado e acendeu o alerta de que a alta dos preços pode não estar totalmente sob controle.
O banco ainda colocou no radar os riscos de desaceleração da economia global, que pode impactar o preço das commodities e, consequentemente, se refletir no Ibovespa. Vale e Petrobras, por exemplo, são as duas ações com maiores pesos no índice e o movimento de seus papéis muitas vezes está relacionado ao preço das matérias-primas.
Dentre os riscos locais, o Santander cita a questão fiscal. O banco chama a atençã para eventuais gastos maiores do governo e o risco de que alguns dos ganhos recentes na arrecadação sejam apenas temporários...Leia mais em valorinveste.globo 18/12/2023