Uma das queridinhas entre as recomendações de small caps, a Priner seguiu crescendo, a despeito dos juros altos que tanto têm afetado as companhias brasileiras em 2023. No primeiro trimestre, a empresa de serviços industriais que abriu o capital em 2020 reportou lucro líquido de R$ 8,9 milhões, 69,5% acima do mesmo período de 2022 e com melhora de 28% ante o último trimestre do ano passado. A ação já acumula alta de 35,3% no ano.

“Neste trimestre, o que mais contribuiu para o crescimento foi a surpresa positiva em off shore e a incorporação de negócios de engenharia de integridade e inspeção, que não tínhamos. É como se tivéssemos incorporado à companhia dois motores adicionais”, explica Tulio Cintra, CEO da Priner, em entrevista à EXAME Invest. Em crescimento absoluto, as duas novas áreas vão continuar crescendo com velocidade. “Esperamos que até o fim do ano a participação dos dois setores sejam de 35% a 40%, sendo maior fatia de infraestrutura.”

Criada em 2012, depois de uma cisão da Mills, a empresa tem as aquisições como um forte canal de crescimento. Já são oito desde sua criação. Para este ano, cinco novos ativos estão em análise para aquisição, explica o executivo. Neste ano, a a empresa comprou 100% das empresas Labteste Análises e Ensaios de Materiais Metálicos e Tresca Engenharia e Integridade, que juntas registraram receita líquida consolidada de R$ 6 milhões nos últimos 12 meses e uma margem líquida de 15%.

Sem perder ritmo nas aquisições Priner vê lucro líquido crescer 69 5% no 1º trim. e ação saltar

“Números comprovam que temos muito assertivos na escolha dos targets e alocação de capital”, argumenta Cintra, reforçando que a compra é sempre por empresas saudáveis e que geram resultados, mesmo com o cenário macroeconômico deixando alguns ativos mais expostos e, por isso, mais baratos. Ele admite, porém, que os juros altos dificultam o ritmo de aquisição. “Mas, no caso de aquisições maiores, podemos fazer compra de uma fatia ou olhar para as aquisições menores.”… leia mais em Exame 12/05/2023