As operações de fusões e aquisições (M&A) tendem a crescer nos próximos anos. Junto dos novos negócios, é natural que um dos efeitos colaterais seja o surgimento de conflitos entre compradores e vendedores.

Nesse contexto, um estudo recente da consultoria BRG aponta para uma novidade importante: as disputas tendem a se concentrar nos setores de tecnologia e de ESG (sigla para questões ambientais, sociais e de governança).

Em primeiro lugar, as empresas do setor de tecnologia são a bola da vez. Até chegarmos ao equilíbrio no mercado, algumas vão prosperar e outras vão fracassar. Mas não sem antes passarmos por várias disputas.

Tendência em M&A
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Ainda mais agora, quando os riscos são maiores: o mercado está volátil, a regulação está sendo construída conforme as tecnologias avançam – vide a inteligência artificial – entre outros motivos.

O sucesso de hoje pode já não valer de mais nada em poucos meses. Os M&As de tecnologia também são bem diferentes de operações tradicionais. Neles, os ativos físicos importam menos do que a perspectiva de lucro – e esta costuma ter um alto grau de subjetividade. Além disso, as pessoas físicas, como proprietários, administradores e técnicos, assumem um protagonismo determinante.

Esse contexto põe gasolina na fogueira das controvérsias. Por exemplo, o preço de uma aquisição pode prever pagamentos condicionados ao cumprimento de meta futura (cláusulas de “earn-out”) ou terem previsão de pagamento com ações de outras empresas de tecnologia. Caso o desempenho das empresas desabe nesse período – o que não é incomum -, o vendedorleia mais em Valor Econômico 10/10/2023