Atualmente, as ações da Aliança estão divididas em 55% Vale e 45% Cemig.

A Vale estaria em negociações com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para adquirir a participação da concessionária na Aliança Energia, em uma transação estimada em R$ 3 bilhões, segundo informações veiculadas na mídia. Especialistas do setor consultados pelo Diário do Comércio avaliam que o provável objetivo da mineradora com a transação seria obter mais competitividade de preços e aumentar seu percentual de autoprodução de energia.

Sediada em Belo Horizonte, a Aliança tem atuação no mercado de geração e comercialização de energia, com sete usinas hidrelétricas no Estado e mais cinco parques eólicos espalhados pelo País. Ela foi criada em 2015 como uma joint venture entre a Vale e Cemig, sendo que a produtora de minério ficou com 55% das ações e a estatal mineira, com 45%. Juntas, as duas acionistas asseguram a compra de grande parte da energia gerada pela companhia.

Vale adquire participação de 30% da OQ
REUTERS/Brendan McDermid//File Photo

Para o consultor independente para assuntos de energia, Rafael Herzberg, a intenção da Vale com essa negociação com a Cemig seria alcançar preços mais competitivos de energia para si, o que, aparentemente, conseguiria com a aquisição da fatia restante da Aliança. Além disso, sob seu controle total, teria como lograr os resultados originados pela geradora e comercializadora.

“A Vale é uma grande consumidora de energia. Ela está dentro do que chamamos de consumidor eletrointensivo. Então, ser proprietária de uma comercializadora, talvez dê acesso para a mineradora conseguir fechar contratos em condições mais vantajosas do que tem hoje. Ou seja, se ela for integralmente dona, passa a ter potencialmente uma condição melhor do que se não fosse”, disse...Leia mais em diariodocomercio 02/11/2023