A descompressão dos ativos brasileiros está condicionada à capacidade do governo de conseguir apresentar uma agenda de corte de despesas minimamente sólida e crível, afirma o novo economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros.

Ao Valor, em sua primeira entrevista no novo cargo, Leal nota que o mercado “está com muito medo de haver uma mudança no arcabouço fiscal” e observa que os preços dos ativos estão bastante deprimidos, ao citar a bolsa “barata” e a curva de juros mais “inclinada”.

Se o governo conseguir encerrar esse ruído e encaminhar o ajuste do lado da despesa, o efeito colateral nos ativos pode ser muito positivo.

Valor: O Congresso tem disposição para cortar despesas?

Leal: O Congresso tentou colocar a pauta da reforma administrativa na mesa, mas não foi correspondido pelo Executivo. Parece que o Congresso está, sim, disposto a aprovar medidas pelo lado dos gastos. Não qualquer uma, é verdade, mas acho que tem alguma disposição. É difícil avaliar o tamanho da disposição, mas acho que tem alguns passos para aprovar. Teve também uma tentativa de puxar a pauta do fim dos supersalários. Na parte do funcionalismo público, parece que há alguma disposição… leia mais em Valor Econômico 18/06/2024