Uma das gestoras mais tradicionais de fundos de private equity — que compram participações em empresas — está com fome por novos negócios. A Vinci Partners pretende captar US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões, no câmbio atual) para o quarto fundo dessa família, conforme o Seu Dinheiro apurou.

A gestora também está em conversas com investidores institucionais para levantar um fundo de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) para investir em projetos de infraestrutura com foco em energias renováveis. Procurada, a Vinci não comentou o assunto.

Com quase R$ 60 bilhões sob gestão, a Vinci foi criada por antigos sócios do atual BTG Pactual, liderados por Gilberto Sayão e Alessandro Horta.

A Vinci se separou do BTG em 2009 e no início do ano passado abriu o capital em uma oferta de ações de US$ 250 milhões na bolsa norte-americana Nasdaq. Uma parte desse dinheiro deve ser usada no novo fundo.

Vinci Partners quer levantar US$ 1 4 bilhão
Domino’s Pizza, rede de pizzarias controlada pela Vinci Partners no Brasil – Imagem: Reprodução

Vinci: Grandes tacadas (e alguns escorregões)

No currículo, a Vinci ostenta grandes tacadas como a Equatorial Energia. O investimento fez parte do primeiro fundo, que entregou mais de quatro vezes o capital aplicado pelos investidores.

Mas como costuma acontecer nesse tipo de negócio, a Vinci também sofreu alguns escorregões. O maior deles foi com a incorporadora PDG, que sucumbiu à recessão econômica da década passada e entrou em recuperação judicial.

Enquanto busca recursos novos, o terceiro fundo de private equity da gestora está na fase final de investimentos e possui seis empresas na carteira, incluindo a rede de pizzarias Domino’s e o banco digital Agi.

Private equity em baixa

A captação dos novos fundos acontece em um momento complicado para o mercado. Com a alta dos juros, os recursos dos investidores passaram a migrar para as classes de ativos mais tradicionais, como a renda fixa.

Mesmo entre os investimentos alternativos, o private equity anda em baixa no Brasil. Isso porque o sucesso de empresas como o Nubank levou o mercado a aumentar as apostas na compra de participações de companhias menores, porém com maior potencial de crescimento — o venture capital.

Mas a Vinci conta com um bom cartão de visitas para atrair os investidores: o desempenho do fundo mais recente, que até o momento conta com uma taxa de retorno em dólares de mais de 40%, de acordo com dados do último balanço…. leia mais em Seu Dinheiro 13/07/2022