Em 2020, foram feitas 28 ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), nas quais as empresas levantaram R$ 117 bilhões, o maior montante da história.

Para quem tinha 328 companhias listadas na Bolsa no fim de 2019, significa um expressivo aumento de 8,5% no mercado.

Ainda que quase metade dos papéis que entraram em circulação no ano passado tenha tido desempenho pior que o Ibovespa (que terminou o ano praticamente no zero a zero), o movimento mostra que as empresas estão confiando mais no mercado de ações como uma forma viável e interessante de levantar fundos para novos investimentos.

Entre quem fez IPO neste ano, vale destacar a Sequoia Logística (SEQL3), cujas ações subiram 86% desde que começaram a ser negociadas, e a 3R Petroleum, com alta registrada de 78%.

Também tiveram desempenho bem acima do Ibovespa a Neogrid, de softwares (NGRD3), com valorização de 61% e a Meliuz (CASH3), com alta de 60%.

O destaque negativo ficou com a Moura Dubeux Engenharia (MDNE3), cujos papéis caíram 37% desde o IPO, e com a Priner Serviços Industriais (PRNR3), que viu suas ações levarem um tombo de cerca de 35%.

E essa confiança também está refletida no lado da demanda por ações. Ao fim de 2019, 1,6 milhão de pessoas investiam diretamente na Bolsa. Agora, passam dos 3,2 milhões.

De acordo com um estudo recente da B3, 56% das pessoas que começaram a comprar e vender ação nos últimos dois anos têm renda mensal de até R$ 5 mil. E 73% dos entrevistados disseram que aprenderam a investir com canais do YouTube e influenciadores.

Em resumo, 2021 é o ano que começa com a Bolsa cheia de gente nova, tanto do lado dos investidores quanto do lado das empresas… Leia mais em monitordemercado 02/01/2021