Os chefes de bancos centrais de todo mundo transmitiram uma mensagem severa e unificada sobre a necessidade de conter a inflação. Segundo eles, o problema é global, tem uma base ampla e veio para ficar, por isso, exige uma ação vigorosa. As declarações foram feitas no Simpósio de Jackson Hole, nos EUA.Os chefes do Banco da Inglaterra, Banco Nacional Suíço, Banco do Japão, Banco da Coreia e vários formuladores de políticas do Banco Central Europeu falaram no sábado no retiro anual do Fed de Kansas City no Parque Nacional Grand Teton, em Wyoming. As declaações seguem a linha da fala de Jerome Powell, declarações do presidente do Fed. Na sexta-feira, Powell afirmou que o FED deve aumentar as taxas de juros até que a inflação desacelere significativamente para a meta, de 2%. Na taxa anualizada, o índice está na casa de 8,5%.

A alta nas taxas de juros vem sendo aplicada em todo mundo para conter a inflação. O Brasil, por exemplo, começou a ajustar as taxas no início do ano passado. Nas economias mais desenvolvidas como EUA e União Europeia, os ajustes tiveram início este ano.

Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE, falou para seus colegas agirem com determinação para abrandar os aumentos de preços que na Europa se aproximam dos 10% e nos EUA estão acima dos 8%. “Tanto a probabilidade quanto o custo da inflação alta atual se arraigar nas expectativas são desconfortavelmente altos”, disse Schnabel. “Neste ambiente, os bancos centrais precisam agir com força. Eles precisam se apoiar com determinação contra o risco de as pessoas começarem a duvidar da estabilidade de longo prazo de nossas moedas fiduciárias.”

Segundo a agência Bloomberg, a economista reconheceu que havia um risco de recessão, mas disse que  “mesmo se entrarmos em uma recessão, temos basicamente pouca escolha a não ser continuar nosso caminho de normalização” – concordando com as observações de Powell no dia anterior de que “reduzir a inflação provavelmente exigirá um período sustentado de crescimento abaixo da tendência”.

Autoridades do BCE estão debatendo qual o tamanho do aumento da taxa de juros pode ser apropriado … saiba mais em Veja 27/08/2022