A fabricante de tubos e conexões Tigre acaba de abrir as portas, pela primeira vez em seus mais de 80 anos de operação, a um investidor institucional. A Advent comprou 25% da companhia da família Hansen, num investimento primário de R$ 1,35 bilhão – o que atribui à Tigre um valor de R$ 5,4 bilhões.

Felipe Hansen, neto do fundador e presidente do conselho, foi quem conduziu as conversas com diferentes fundos e estratégicos, estreitanto a negociação com a Advent ao longo dos últimos 10 meses. “A gente se escolheu. Já conhecíamos o histórico da Advent, que traz experiência tanto no Brasil quanto em outros países em que operamos”, diz Hansen.

Na Advent, a Tigre faz parte das teses de investimento no setor industrial, um foco mundial para a gestora que no Brasil já se traduziu em investimento na distribuidora química GTM, fez o fundo disputar a Oxiteno e vira e mexe é cotado como um potencial comprador para a petroquímica Braskem.

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“A Tigre está nessa intersecção do nosso foco mundial no setor industrial e da fronteira do consumo, com companhias que têm marcas muito fortes, que são ‘pérolas’. E tem um governança muito avançada, diferentemente da média de companhias familiares no Brasil”, avalia Patrice Etlin, o chefe da Advent na América Latina. No consumo, a Advent foi dona da varejista de material de construção Quero-Quero, principal cliente da Tigre na região sul do país, comprou (e já vendeu) o Walmart local e é dona da Kopenhagen.

Tubos e conexões Tigre

Felipe Hansen é o único membro da família no board da Tigre, composto por conselheiros independentes. A Advent terá dois assentos, um deles ocupado por Etlin…leia mais em Pipeline 18/02/2022