Allos vende fatias em shoppings para XP Malls — e saídas chegam a R$ 1 bi
A Allos, novo nome da empresa que resultou da fusão entre Alliansce Sonae e Br Malls, acaba de fechar um acordo para vender mais duas fatias em shoppings, dessa vez para o fundo XP Malls, apurou o Pipeline. O movimento é para se desfazer de 37,5% do Shopping Estação Curitiba e de 5% do Plaza Sul Shopping. As negociações avaliaram os ativos em R$ 197,5 milhões e compõem um esforço de desinvestimento da rede de shoppings que já supera a casa do R$ 1 bilhão em 2023.
No mesmo Plaza Sul Shopping, localizado em São Paulo, a Allos já havia se desfeito de uma participação de 20% em setembro, por R$ 120 milhões — a metade para a XP Malls. O fundo imobiliário, que já tinha comprado outros 10% em 2019, pode passar a ter 25%, se o negócio for concretizado. E, com o outro ativo em Curitiba, a XP Malls deve firmar presença na capital paranaense.
Do total acertado com o fundo imobiliário da XP agora, R$182,4 milhões devem ser recebidos em dinheiro, na data de superação das condições previstas no acordo, e o saldo remanescente será pago em até 12 meses da data de fechamento da operação.
O cap rate da transação (retorno sobre o capital investido) é estimado em 8,3%. A projeção é baseada na receita operacional líquida (NOI) dos dois shoppings para 2023, considerando a eficiência fiscal. Já o ganho de capital gerado na transação será compensado através de prejuízo fiscal corrente.
Desde a fusão da Aliansce Sonae e da BR Malls, em abril do ano passado, a Allos vem realizando desinvestimentos em alguns ativos e reduziu o portfólio de 62 para 53 shopping centers, segundo o balanço do segundo trimestre.
Nos últimos dois meses, além da venda de 20% do Plaza Sul em setembro, a Allos anunciou ainda o desinvestimento de participações em outros quatro empreendimentos, que devem totalizar R$ 742,3 milhões. Com o anúncio de hoje, a soma chega a R$ 1,06 bilhão.
A agenda faz parte de um esforço da companhia para reduzir a alavancagem financeira, que estava em 2,4 vezes a dívida/Ebitda no segundo trimestre para um patamar de cerca de 2 vezes…. leia mais em Pipeline 31/10/2023