Questão fiscal se soma ao aumento das taxas dos Treasuries e atrapalha emissões.

A piora das condições fiscais no Brasil teve impacto no mercado de captações externas, esfriando a disposição das empresas em seguir com operações neste fim de ano. O aumento do risco Brasil pressiona o custo das emissões de companhias brasileiras no exterior, levando nomes que já estavam preparados para fazer ofertas de bônus a adiar os planos ou, em alguns casos, optar por emitir dívida local, casos de Rumo, Ultra e Movida.

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Este foi um ano forte para o mercado de dívida internacional, afirma Gustavo Siqueira, responsável pela área de mercados de capitais de renda fixa do Morgan Stanley. Com isso, os investidores já estavam bastante expostos a Brasil, o que se traduziu em uma piora no desempenho desses papéis no mercado secundário mesmo antes das notícias negativas vindas do campo fiscal.

Mas, segundo o executivo, nas últimas seis semanas houve uma deterioração adicional, com um impacto entre 0,4 a 0,5 ponto percentual no preço dos títulos negociados no mercado secundário, refletindo o aumento das incertezas diante das ameaças ao teto de gastos…Saiba mais em valoreconômico 11/11/2021