Após comprar prédio da Souza Cruz, Bella Janela acerta aquisição de empresa paulista
Quatro meses depois de formalizar a compra das antigas instalações da Souza Cruz no bairro Garcia, a blumenauense Bella Janela deu novo passo na estratégia de expansão. A fabricante de cortinas acaba de fechar a aquisição da Tapecol, empresa de Amparo (SP) especializada na produção de tecidos decorativos e com 55 anos de história. O valor do negócio não foi divulgado.
Com o reforço, a Bella Janela mira novos nichos de mercados. Além de cortinas, a Tapecol tem uma linha de tecidos para estofados, calçados e hotelaria. O parque fabril mantido na cidade paulista tem 50 teares e 60 funcionários, que serão incorporados. As negociações tiveram início há três meses e avançaram mesmo em um contexto ainda de incertezas provocadas pela pandemia.
— Apesar da insegurança, sabíamos que seria algo bom para a nossa empresa — diz o empresário Roberto Baby, diretor da Bella Janela.
A compra indica uma tendência de verticalização da produção. Baby acredita que a taxa atual do câmbio restringe importações e que a pandemia do novo coronavírus está fazendo com que ao menos uma parte do mercado consumidor valorize mais os produtos nacionais. A isso se soma uma demanda maior por artigos do lar, impulsionada pelo fato de as pessoas estarem mais tempo dentro de casa.
— Estamos otimistas em relação à continuidade do consumo de itens domésticos. As pessoas estão cuidando mais das casas. E cortina não é só decoração, é acústica, privacidade, luminosidade — avalia o empresário.
A aquisição chega em um momento em que a empresa começa a preparar a mudança para o prédio que por anos abrigou a indústria de cigarros. O espaço está passando por uma grande limpeza para receber gradativamente as operações entre dezembro e o início de 2021.
As primeiras áreas transferidas serão a expedição e parte da confecção, tecelagem e acabamento, além do setor administrativo. Segundo Baby, cerca de 300 dos 750 funcionários da Bella Janela já devem estar no imóvel no começo de 2021. A empresa tem certa pressa. Mesmo em ano atípico, já contratou 150 pessoas em 2020 e está com carteira de pedidos cheia até janeiro… Leia mais em nsctotal 09/09/2020