Levar uma carga do polo industrial de Manaus até o sudeste do país pode ser um desafio e tanto — e tão custoso quanto. Precisa passar por estradas, balsas, e enfrentar bons (milhares) de quilômetros.

Uma alternativa, não tão conhecida no grande público, é cada vez mais adotada para facilitar essa entrega: a cabotagem. Nessa modalidade, o transporte é feito em navios pela costa brasileira. Ou seja, vai de um porto nacional para outro.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o segmento de cabotagem está em expansão, totalizando 290,1 milhões de toneladas movimentadas em 2023.

Para administrar tanta carga, as empresas de logística usam softwares que ajudam em todas as etapas do transporte. São programas que conseguem determinar a capacidade de carga no navio, fazer a gestão de qual carga embarca, em qual embarcação, os custos e gastos, e a margem que dá para se tirar do negócio.

Por trás dessa tecnologia, no Brasil, provavelmente está a startup Signa. Ela é responsável por entregar esse software para as quatro maiores empresas de cabotagem do Brasil. Criada há 28 anos pelos empresários paulistanos Nuno Figueiredo e Henri Coelho, a empresa nasceu depois que os dois engenheiros decidiram sair do mercado financeiro e empreender no desenvolvimento de softwares.

“Depois de dois anos tentando fazer software de tudo que é coisa, recebemos uma demanda do setor de cabotagem e acabamos nos especializando nessa área”, conta Figueiredo.

Agora, a empresa acaba de ser vendida para a nstech, uma empresa de softwares de logística que adquire a desenvolvedora focada em embarcações para aumentar o portfólio de produtos em sua prateleira. O valor da negociação não foi divulgado.

Criada há quase quatro anos,a nstech começou com a aquisição do controle da Buonny — uma empresa que monitora cargas de alto valor — e já passou de 20 fusões e aquisições no setor de logística. Desde que nasceu, já investiu 1,5 bilhão de reais para crescer. Por trás da startup está o fundador Vasco Oliveira e sócios via equity como Niche Partners, veículo de aporte da gestora de investimento Tarpon, e a sueca Greenbridge, que juntas já colocaram 800 milhões de reais na empresa…. leia mais em Market Insider 06/05/2024