Primeiro foi a Monkey Exchange, um marketplace para fornecedores de grandes empresas antecipar seus recebíveis. Depois a Paketá, uma fintech de crédito consignado privado. E, por fim, a Tenchi, da área de cibersegurança.

Agora, o Kinea Ventures, gestora que gere o fundo de corporate venture capital do Itaú Unibanco, está fazendo uma aposta nos correspondentes bancários e nos agentes autônomos, os famosos pastinhas, que ficaram conhecidos pela intermediação de crédito consignado e pessoal.

A gestora está liderando um aporte série A de R$ 12 milhões na Mola, startup que desenvolve uma plataforma tecnológica para esses públicos. A rodada está sendo seguida pelos sócios da Hix Capital, Gustavo e Rodrigo Heilberg, e Walter Sabini Junior, da HiPartners.

“Os correspondentes bancários trabalham com vários bancos e entram em diversos sistemas, perdendo a produtividade”, afirma Robson Portela, CEO e fundador da Mola, ao NeoFeed. “Organizamos toda a sua vida.”

A plataforma da Mola é uma espécie de software de gestão para correspondentes bancários, empresas que prestam serviços financeiros, como transações e empréstimos, para os bancos em troca de uma remuneração pela intermediação.

O sistema tem integração com mais de 26 bancos e produtos. Entre eles, Bmg, Itaú, Help (franquia do Bmg) e Pan. Até agora, a quantidade de propostas registradas pela plataforma da Mola somou mais de R$ 3 bilhões.

Atualmente, a plataforma tem dois pilares. Um deles é a funcionalidade de vendas, capaz de digitalizar e enviar propostas ao banco a partir de simulações. A outra é voltada para gestão, com um painel que mostra produtividade e uma visão das receitas, comissões, conciliação bancária, demonstrativo de resultados e gestão financeira.

“Os correspondentes bancários e os pastinhas são carentes de soluções digitais”, diz Philippe Schlumpf, head do Kinea Ventures. “A Mola traz uma solução 100% digital em vez de ficar com a venda no papel e a barriga no balcão, além de estar integrada com diversos bancos.”

O Kinea Ventures busca startups que tenham afinidade com o negócio do Itaú Unibanco, como fintechs e insurtechs. O objetivo do fundo é investir em startups nas séries A e B, com cheques que vão de R$ 10 milhões a R$ 50 milhões. O primeiro fundo conta com R$ 150 milhões para investir.

Fundada em 2018, em Recife, por Portela, Yuri Notaro, Diogo Barros e Silvio Santana, a Mola já conquistou 517 correspondentes bancários como clientes e mais de 8 mil pessoas usam a plataforma. O modelo de negócio é o SaaS (Software as a Service), em que uma mensalidade é paga por cada usuário.

Os recursos do aporte serão usados em marketing e na parte comercial, para crescer o número de usuários na plataforma. Segundo o Banco Central, havia mais de 200 mil correspondentes bancários no Brasil em 2020.

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A Mola está também desenvolvendo novos projetos. Um deles é um aplicativo, que funcionará como um marketplace, para originar vendas dos pastinhas para os correspondentes bancários. Nesse caso, a startup vai ganhar uma comissão por conta da originação de crédito….Saiba mais em neofeed 04/11/2021