O Arena Hub, maior centro de inovação com foco em esportes da América Latina, e a Slat Catalyst, braço de micro venture capital da gestora Slat Ventures, se juntaram para colocar de pé um fundo com R$ 15 milhões para investir em startups com soluções ligadas ao esporte.

O fundo, chamado de Sports Angels, prevê o investimento em 15 a 20 sportstechs em estágio inicial, no período de cinco anos. “A parceria com a Slat vai contribuir na parte de relação com investidores e na análise dos investimentos, e podemos entrar em rodadas de investimento até a série A”, diz Fernando Patara, cofundador e head de inovação do Arena Hub.

Criado em 2020, o Arena Hub, que fica sediado no estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, conta com mais de 150 startups e tem parceria com mais de 150 entidades esportivas e vários parceiros estratégicos, como o Comitê Olímpico e Paralímpico e outros 15 hubs internacionais espalhados por América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia.

O foco do fundo será em startups que já têm alguma operação, apresentem monetização e estão em condições de serem escaladas. Entre as teses de investimentos que fazem parte do Arena Hub estão engajamento de fãs, cultura de consumo voltada para saúde e bem-estar envolvendo esporte, inteligência de negócios, sustentabilidade, mídia e conteúdo, gamificação e arenas inteligentes.

Arena Hub se une à Slat Ventures em fundo para startups de esportes
Freepik

A Arena Hub já tinha lançado, em 2021, um programa de aceleração voltado a startups, o Podium Labs, que contou com quatro sportstechs, das quais três (FanBase Network, Armatore e Esporte Educa) receberam aportes de fundos de gestoras como a Bossanova Investimentos e a Domus Invest. Uma outra rodada do programa, que está prevista para o mês que vem, deve selecionar de seis a dez projetos.

“Já atuávamos conectando as startups a entidades esportivas, ajudando-as, com mentoria, a fazer a validação do modelo de negócios e a ter ganho de escala. Mas faltava a vertical de investimentos”, diz Patara.

Já para a Slat Ventures, o fundo Sports Angel marca a entrada da gestora no segmento de esportes, que se dará por meio da Slat Catalyst, braço da instituição voltado para investimentos pré-seed e seed money, e que tem planos de somar quatro fundos de micro venture capital com valor de até R$ 20 milhões cada. “Já temos dois fundos lançados, esse com foco em esportes e um outro voltado para investidores-anjo”, afirma Sandro Valeri, sócio-fundador da Slat Ventures.

A ideia é que o fundo Sports Angel faça aportes por meio de um veículo de investimentos nos Estados Unidos e que a captação de recursos seja com investidores no mercado local e externo, diz Valeri. “Também poderemos investir em startups fora do Brasil e temos visto grande interesse de sportstechs europeias em entrar no mercado brasileiro”, completa Patara.

No mundo, o investimento em sportstechs somou US$ 10 bilhões em 2022 e tem atraído desde investidores tradicionais a ex-atletas, segundo o relatório Global SportsTech VC. O ex-goleiro e campeão mundial espanhol Iker Casillas, por exemplo, fundou o SportBoost, um acelerador de startups ligado ao universo esportivo. No Brasil, o ex-nadador Thiago Pereira criou um fundo com a Bossanova para investir no segmento de esporte e bem-estar…. leia mais em Pipeline 25/07/2023