Fundos e multinacionais têm se aproximado da Sigma Lithium, mineradora brasileira de lítio, para um potencial M&A. As conversas têm sido coordenadas pelo Bank of America, afirmaram seis fontes ao Pipeline. Entre os interessados na companhia criada, controlada e administrada pela empresária e ex-banker Ana Cabral, estão a chinesa Cmoc e o fundo soberano da Arábia Saudita PIF, afirmaram as fontes.

Cabral nega categoricamente que haja qualquer processo de negociação societária, seja de sua parte como acionista ou coordenada pela companhia. Afirma que há interesse de players na companhia, mas que ela não tem interesse em vender.

A Cmoc comprou ativos de nióbio e fosfato da Anglo American no Brasil, em 2016, e recentemente voltou a avaliar novas aquisições no país. O PIF, com patrimônio de US$ 600 bilhões, acaba de arrematar uma fatia da Vale Base Metals, por meio da Manara.

As negociações pela Sigma Lithium

Duas das seis fontes ouvidas pelo Pipeline afirmam que a Tesla chegou a se aproximar da Sigma, mas não está hoje ativamente em negociação. “Podem até voltar para a mesa, já que não há exclusividade com nenhum dos interessados”, disse uma pessoa a par do assunto.

Em fevereiro, a Bloomberg informou que o empresário Elon Musk avaliava a possibilidade de fazer uma oferta de compra pela Sigma – lítio é matéria-prima fundamental para a produção de bateria dos carros elétricos. Dias depois, Musk afirmou publicamente que não compraria mineradoras.

A Sigma vem transformando o Jequitinhonha no “Vale do Lítio Verde”. Listada na bolsa canadense TSXV e negociada também na Nasdaq, a empresa tem valor de mercado atual de US$ 4,4 bilhões e começou a negociar BDRs na B3 na última semana… leia mais em Pipeline 28/07/2023