A americana Bain Capital zerou sua posição em Hapvida, após uma venda em bloco que movimentou há pouco cerca de R$ 1,3 bilhão, coordenada pelo Citi. Mesmo com a queda das ações da operadora de saúde desde a fusão com a Intermédica, concluída no ano passado, esse foi um dos maiores investimentos da Bain no mundo em termos de retorno.

O fundo investiu na Intermédica em 2014, levou a companhia à bolsa e fez saídas parciais, por meio de tranches secundárias no IPO e em follow-ons. A Bain havia colocado R$ 1 bilhão em equity e R$ 1 bilhão em dívida, que foi paga com a geração de caixa da empresa. Quando amarrou com a família Pinheiro a fusão com a Hapvida, o fundo já tinha ganhado R$ 12,84 bilhões com o ativo nessas tranches de venda e ficou com 5,2% do capital da empresa resultante.

Bain zera posição em Hapvida

O papel sofreu desvalorização desde o anúncio da transação, em 2021, então essa fase de companhia rendeu bem menos ao fundo. A Bain também não acompanhou o recente aumento de capital da Hapvida, ancorado pela família Pinheiro, e teve sua posição diluída. A posição vendida no bloco de hoje representava cerca de 3,5% do capital. Ou seja, com R$ 1 bi de equity, a Bain levou mais de R$ 14 bilhões de retorno – sem contar os dividendos.

Sem escritório no Brasil, com aportes feitos a partir da operação em Boston, a Bain Capital já renovou a posição de ativo brasileiro no portfólio de private equity. Ontem, a Reuters reportou que um fundo da gestora fechou a aquisição da rede de churrascarias brasileira Fogo de Chão… leia mais em Pipeline 16/08/2023