O banco Master (antigo Máxima) comprou a gestora de ativos da CM Capital. A aquisição traz cerca de R$ 7 bilhões para o guarda-chuva do grupo, que assim se aproxima de um total de R$ 50 bilhões em ativos sob gestão e custódia. O plano é reforçar a área de banco de investimento, que ainda aguarda aprovação do Banco Central (BC), de forma que ela abarque todo o ecossistema — inclusive de investimentos para pessoa física.

Com a transação, cujo valor não foi revelado, a CM Capital concentrará sua atuação agora na corretora digital.

O banco de investimento do Master será comandado por Maurício Quadrado, sócio do grupo e que tem extensa carreira no mercado financeiro. Depois de trabalhar no Bradesco, fundou a Planner junto com Carlos Arnaldo Borges de Souza e lá ficou por 15 anos. Quando saiu, levou consigo a parte de gestão, com R$ 22 bilhões em ativos, e foi ela que deu origem ao Banco Master de Investimento (BMI). Este comprou a licença do banco Vipal e espera a autorização do BC. O grupo tem ainda uma corretora própria e a gestora MAM.

“As atividades de banco de investimento ainda são muito concentradas nos grandes conglomerados, mas dá para montar uma operação legal”, diz Quadrado.

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Banco Master compra asset

A aquisição de mais duas gestoras, de porte mais ou menos semelhante ao da CM Capital, está nos planos do executivo. O BMI, que tem 180 funcionários, está criando também uma gestora especializada em fundos imobiliários.

O Master anunciou em janeiro a compra do português BNI e Quadrado diz que agora falta só uma instituição nos Estados Unidos para que a instituição tenha uma oferta completa para o cliente do private banking. “No segundo semestre vamos olhar isso com carinho”, afirma.

Mesmo sem ter ainda a aprovação regulatória para a compra do Vipal, Quadrado afirma que a equipe de banco de investimento já vem trabalhando em diversas operações dentro da estrutura do banco comercial, oferecendo assessoria e estruturando as operações. Essa atuação se deu, por exemplo, na compra da Promed pela Hapvida; no acordo entre Flytour e Belvitur; nos leilões de 5G vencidos por Copel Telecom e Sercomtel; nas operações de Nelson Tanure com a Alliar.

O executivo diz que o Master deve fechar um acordo com Copel/Sercomtel para oferecer serviços bancários e de investimento para a base de quase 1 milhão de clientes dessas companhias. Ele não descarta mesmo adquirir uma fatia nessas empresas. “Há uma sinergia muito grande que nos permite aproveitar a base deles, que é de clientes de uma certa classe social, que às vezes já investem. É um ‘canhão’ que, se a gente souber aproveitar, tem muito potencial.”…. leia mais em Valor Investe 16/03/2022