A negociação entre o banco Bmg e o grupo italiano Generali para a recompra da fatia de 30% que a companhia europeia tem na Bmg Seguros foi concluída, mas aguarda as aprovações regulatórias, segundo o CEO da seguradora brasileira, Jorge Sant’Anna. A instituição anunciou em fato relevante no fim de fevereiro que tinha iniciado o processo de aquisição da parcela da sócia estrangeira.

A Generali comprou uma participação de 30% na empresa brasileira em 2019. Segundo Sant’Anna, a recompra da parcela é uma condição importante para as metas de médio de longo prazos da Bmg Seguros, de abrir capital em 2026.

A filial brasileira da Generali é sócia do Bmg em outra operação de seguros, a Bmg Seguridade, voltada para distribuição de produtos destinados às pessoas físicas, como o prestamista, por meio do canal bancário.

A sociedade na Bmg Seguridade continua, mas agora o grupo Bmg vai voltar a ter 100% da Bmg Seguros, voltados às pessoas jurídicas. O executivo, porém, afirma que os valores envolvidos na transação ainda não podem ser divulgados.

Bmg conclui recompra de participação da Generali na Bmg Seguros

O plano, a partir da aquisição, é que a Bmg Seguros alcance um faturamento de R$ 1 bilhão e inicie o processo de abertura de capital em até três anos. Sant’Anna conta que a companhia tem uma carteira com 30 mil clientes pessoas jurídicas, concentrada em pequenas e médias empresas. De acordo com o CEO, a empresa ocupa a terceira posição no ramo de seguro garantia e, em 2022, faturou R$ 500 milhões.

O grupo brasileiro está avaliando uma capitalização para financiar a aquisição. “Será nossa primeira capitalização porque desde o início da seguradora, em 2016, temos crescido apenas com recursos da própria operação”, diz o executivo. “Além da capitalização, estamos analisando outras formas [de financiar a operação], como um investidor estratégico, por exemplo, um fundo de private equity”… leia mais em Valor Econômico 06/06/2023