A franquia de alimentação saudável Boali anunciou, nesta quinta-feira (2/12), a aquisição da rede mineira Horta 31, fundada em 2017 pelos empreendedores Luiz Gustavo Moreira e Guilherme Astone, ambos com 33 anos. Com o movimento, as 15 unidades da rede passam a integrar o grupo Boali e os fundadores da nova marca ganham cargos na diretoria e participação na empresa. O valor da transação não foi divulgado. A informação foi adiantada com exclusividade a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Com a aquisição, o grupo passa a ter 78 lojas em operação. Rodrigo Barros, CEO do Boali, adianta que já está de olho em outras operações regionais. Atualmente, o segmento de alimentação saudável é bem fragmentado no franchising brasileiro.

Com a negociação, o grupo “empata” em número de restaurantes com a Mr. Fit, da empresária Camila Miglhorini, que tem 78 unidades, além de 435 microfranquias. De acordo com o Portal do Franchising, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), depois das duas vem o Tribbu Fit Food, com 69 unidades.

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Barros diz que um dos pontos que despertou a atenção do Boali na Horta 31 foi a forte presença da marca em Minas Gerais – todas as unidades estão na região de Belo Horizonte. No entanto, o empreendedor diz que o mais importante foi o perfil dos sócios. “Para mim o maior ativo é, sem dúvida, os profissionais e empreendedores que são ‘skin in the game’ e nos ajudarão a construir a maior rede de fast-food saudável do mundo.”

Em entrevista a PEGN, Moreira, cofundador da Horta 31, conta que percebeu pela primeira vez o potencial do mercado de alimentação saudável quando morou no Rio de Janeiro, pois era algo ainda pouco difundido na sua terra natal, Minas Gerais. Quando voltou para casa, conheceu Astone, que tinha uma operação do gênero em Vitória (ES). Eles se tornaram sócios e tiveram a ideia de criar a Horta 31, na capital mineira, para brigar com os pães de queijo.

O produto carro-chefe da Horta 31 é a salada pronta, e o tíquete médio é em torno de R$ 25. “Desde o começo foi um sucesso. No primeiro dia vendemos 60 saladas, no dia seguinte já foram 120”, diz Moreira. Ele conta que o negócio já foi criado para ser franquia, com os padrões necessários para a replicação. Dessa forma, em poucos meses, abriu a segunda unidade, já sob gestão de um franqueado. Hoje, das 15 unidades, sete são franquias.

As conversas com o Boali começaram durante a pandemia. “Escolhemos ter essa conexão por entendermos que o projeto tinha de ser maior. Eles têm uma visão de mundo grandiosa, o potencial é enorme. Vimos que juntar forças seria mais benéfico para as duas partes”, afirma Moreira.

As marcas continuarão funcionando com bandeiras separadas, mas com a gestão integrada. ……Saiba mais em resvistapegn.03/12/2021