As preocupações sobre o ambiente econômico podem continuar tendo impacto sobre a decisão das companhias de realizarem ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no segundo semestre do ano no Brasil, mas no médio prazo as perspectivas continuam favoráveis para estas operações, na visão da consultoria Ernst & Young.

 “Nos últimos meses, o ambiente econômico de forma geral não ajudou e ainda assim tivemos ofertas generosas tanto no Brasil quanto fora, de empresas muito populares”, disse o sócio para a área de mercados estratégicos e emergentes da Ernst & Young, André Viola Ferreira, referindo-se às emissões do banco de investimentos BTG Pactual, no Brasil, e do Facebook, nos Estados Unidos.

 Para o executivo, as empresas de setores ligados à infraestrutura e consumo no Brasil continuam sendo as principais candidatas a listarem suas ações em bolsa, especialmente das Regiões Sudeste e Nordeste.

Apesar das boas expectativas da Ernst&Young, as companhias mostram-se reticentes no cenário atual.

A atividade global de IPO, segundo a consultoria, teve um crescimento no segundo trimestre, em um total de 206 negócios, que levantaram US$ 41,8 bilhões, alta de 141% sobre o trimestre anterior. Apesar disso, o total está 36% abaixo do volume levantado um ano antes, de US$ 65,6 bilhões.
Fonte: DCI 13/07/2012