Corretoras vão às compras para crescer
Onda de fusões e aquisições entre gigantes globais ao mercado brasileiro
A tendência de fusões e aquisições entre as grandes corretoras de seguros tende a se intensificar, com impactos significativos no Brasil.
Em março a Aon, segunda maior corretora do mundo, adquiriu a terceira maior, a Willis Towers Watson, em um negócio de US$ 30 bilhões que ainda precisa ser validado pelas agências de defesa econômica dos vários países em que atuam… Leia mais em valoreconomico 25/08/2020
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Corretoras de Seguros fazem grandes fusões para crescer
Matéria publicada pelo Valor Econômico nesta terça-feira, 25, informa que, no Brasil, a tendência de fusões e aquisições entre grandes corretoras de seguros tende a se intensificar. Em março, a Aon, maior Corretora do Mundo, adquiriu a Willis Towers, em um negócio de US$ 30 bilhões.
No Brasil, as duas corretoras, que são de origem britânica, atuam fortemente no mercado corporativo, principalmente nas áreas de saúde, vida e previdência. No final de 2019, a Aon administrava uma carteira com 2,8 milhões de planos de saúde corporativos e a carteira da Willis nesse segmento de negócios era de 1,6 milhão de planos.
Ainda de acordo com o Valor, a união permite algumas complementaridades entre as corretoras.. “A Willis possui uma área muito forte de consultoria em recursos humanos, com políticas de benefícios e remuneração, mas também de inclusão e diversidade”, diz Marcelo Homburger, CEO da Aon.
A corretora Aon possui 5 mil clientes corporativos no Brasil e 12 mil pequenas e médias empresas. Em 2019 a carteira de prêmios totalizou R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 5 bilhões provenientes de operações de saúde, vida e previdência e os demais R$ 2,5 bilhões em seguros de riscos comerciais, como garantias de crédito, infraestrutura, responsabilidade civil de executivos e ataques cibernéticos.
No primeiro semestre de 2020, de acordo com o Valor, a arrecadação da corretora com prêmios cresceu 6,5%. “A expansão se deu principalmente com a incorporação de novos clientes, empresas do setor financeiro, logístico e de comércio eletrônico”, informa Homburger.
A incorporação da Willis pela Aon foi uma resposta a um movimento anterior, realizado no final de 2018, quando a americana Marsh & McLennan adquiriu a inglesa Jardine Lloyd Thompson (JLT) formando a maior corretora global, com vendas anuais superiores a US$ 17 bilhões.
Por outro lado, a Marsh incorporou os negócios da JLT. Eugênio Paschoal, CEO da Marsh Brasil, essa parceria proporcionou importante complementaridades aos negócios da Marsh Brasil. “A JLT é forte em segmentos específicos como construção, energia, riscos marítimos, portos e terminais, o que dá mais diversidade a nossa oferta em riscos industriais e de infraestrutura”, afirma o executivo. No Brasil, 400 profissionais da JLT passaram a compor o quadro da Marsh, que agora soma 1.700 pessoas.
A Marsh também fez duas aquisições no mercado brasileiro. Em 2017 comprou a AD Corretora, especializada em pequenas e médias empresas principalmente do setor sucroenergético, com forte presença no interior paulista. Mais recentemente, em junho, a Marsh adquiriu a corretora paulista Euroamerica, com atuação em seguros patrimoniais, responsabilidade civil e riscos de engenharia e infraestrutura.
Corretoras brasileiras também estão recorrendo a aquisições para escalar suas atividades. No final de junho a paulista Alper Consultoria de Seguros comprou a Transbroker Corretora, especializada em seguros de carga, por R$ 58 milhões.
Outra corretora brasileira sondando oportunidades é a It’s Seg, especializada nos segmentos de saúde e vida. “Temos pelo menos 10 corretoras na mira. A aquisição ou não vai depender da oportunidade”, diz o CEO Thomas Menezes. Fonte: /Cqcs/.. Leia mais em segs 25/08/2020