No começo deste ano, dois nomes conhecidos do mercado quando o assunto é ESG se uniram para criar uma empresa para atuar desde a geração até a comercialização de créditos de carbono, um mercado com potencial bilionário no Brasil, que pode obter até US$ 100 bilhões em receitas até 2030, segundo cálculos da Câmara de Comécio Internacional (ICC Brasil).

A Future Carbon nasceu da união de Fabio Galindo, que foi presidente do conselho de administração da Aegea por quatro anos, com Marina Cançado, que atuou como sócia e responsável pela área de ESG do private da XP por dois anos.

Agora, a Future Carbon está fazendo o seu primeiro M&A, oito meses após a sua fundação. A companhia fechou um acordo para adquirir o controle da Jataí Capital e Conservação, companhia que desenvolveu uma metodologia que permite ampliar as áreas elegíveis para crédito de carbono, conforme revelado com exclusividade pelo NeoFeed.

“A aquisição traz uma nova faixa de produtores, de florestas, de biomas, ampliando o campo de atuação da Future Carbon”, diz Fabio Galindo, co-CEO e presidente do conselho de administração. “Ela também está dentro da nossa estratégia de consolidação de mercado, nos colocando como um ecossistema completo de soluções em carbono.”

A operação envolveu a compra do controle da Jataí, que passará a ser uma unidade de negócios dentro do guarda-chuva da Future Carbon chamada Future Carbon Removal. Os detalhes financeiros da transação não foram revelados, mas o valuation foi marcado em R$ 32 milhões.

De olho no bilionário mercado de créditos de carbono

A Jataí desenvolveu uma metodologia para o Brasil que, basicamente, considera que toda floresta de pé promove o sequestro de carbono, possibilitando a geração crédito. Isso difere de um dos principais métodos de cálculo, que leva em conta apenas o desmatamento potencial evitado… leia mais em NeoFeed 17/08/2022