Foodtechs que desenvolvem carne em laboratório atraem a atenção e os dólares das grandes empresas e investidores

Desenvolver carne em laboratório deixou de ser extravagância de meia dúzia de empreendedores do Vale do Silício para chamar a atenção das grandes companhias e investidores poderosos. Fundada no século XVII, o grupo farmacêutico alemão Merck criou, há dois meses, um programa de aceleração para startups que se dedicam a multiplicar células de proteína, para depois transformá-las em hambúrgueres e filés de peito de frango.

A foodtech Memphis Meats levantou cerca de US$ 20 milhões junto a Tyson Foods, multinacional do setor de alimentos, e a bilionários como Bill Gates e Richard Branson, para produzir carne bovina e de frango em laboratório.

A Finless Foods, da California, focada no desenvolvimento de atum a partir de células do peixe, também está no páreo, com aportes de US$ 3,5 milhões de fundos de investimento.

Essas empresas estão disputando um mercado estimado em US$ 200 bilhões. O desafio está em criar produtos não apenas com gosto, cheiro e jeito de um suculento bife ou de um apetitoso sashimi, mas que sejam saudáveis e consigam ganhar escala.

 “Ainda há alguns entraves técnicos, mas [a carne produzida em laboratório] pode vir a ser uma boa alternativa para alimentar parte da população mundial, sem destruir o meio ambiente”, diz Michael Selden, CEO da Finless Foods.. Leia mais em epocanegocios 09/09/2019