Decolar terá loja no Brasil e prevê aquisições

Com a pandemia da covid-19 dando sinais de que está ficando para trás, a companhia de turismo argentina Despegar, dona da marca Decolar, avalia que 2022 poderá ser o ano de volta aos patamares de antes da pandemia. Para a retomada, a empresa, que tem US$ 300 milhões em caixa, está se preparando para investir em novas aquisições e até na incursão no varejo físico no País.

A investida no mundo físico deve ocorrer exatamente por meio de aquisições, segundo Damian Scokin, presidente da Despegar. Foi dessa maneira que a empresa estreou em 2019, quando comprou a companhia chilena Viajes Falabella, que tem lojas no Chile, Colômbia e Peru. Hoje, a Despegar administra 78 lojas nesses mercados.

“Somos conscientes que a participação do offline é muito relevante no setor turismo e tem a questão de que a nossa capacidade tecnológica cria uma experiência diferenciada e traz melhor eficiência”, diz Scokin, em sua primeira entrevista para um veículo de imprensa brasileiro.

O executivo não coloca uma data para que essa estreia ocorra, mas afirma que opções de compras já estão sendo analisadas. Porém, a ideia não é partir para uma disputa em número de lojas com a CVC, que conta com cerca de 1.280 unidades, mas se tornar um ponto de contato direto com os clientes.

Para Marta Poggi, especialista em turismo e sócia da Strategia, apesar do online estar cada vez mais representativo no setor, o atual momento pode impactar positivamente as vendas fora da internet. Segundo ela, ainda há muitas dúvidas dos clientes relacionadas às viagens. “Muitos não querem dor de cabeça e preferem ter o auxílio de uma empresa ou de um consultor”, diz a especialista.

A própria Decolar tem sofrido com as reclamações de clientes no País. Somente no site Reclame Aqui, a companhia soma mais de 40 mil reclamações nos últimos 12 meses e ainda tem a avaliação ruim na plataforma.

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Decolar terá loja no Brasil
Reprodução/Facebook

AQUISIÇÕES

A Decolar, no entanto, quer variar os seus alvos de aquisições e há caixa para isso: a companhia tem caixa de US$ 300 milhões e boa parte desse dinheiro irá para compras. Para conseguir ter esse montante guardado após um período tão complicado, a companhia contou também com um aporte de US$ 200 milhões liderado pelos fundos L Catterton, dos Estados Unidos, e Waha Capital, de Dubai.

Por isso, a ordem é procurar oportunidades na Despegar e com foco no Brasil, México e Colômbia. Desde o início da pandemia, a companhia comprou a agência de viagem mexicana Best Day e a fintech brasileira Koin, abrindo um espaço para a empresa crescer em viagens parceladas por boleto bancário. Neste mês, a companhia anunciou a compra da Stays.net, empresa de software voltada para aluguéis …. leia mais em Estadão 04/04/2022

 

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