A Caju acaba de levantar US$ 25 milhões numa rodada que vai bancar os planos da startup de cartões de benefício de entrar no mercado de software as a service (SaaS) — diversificando seu negócio para receitas mais previsíveis e estáveis.

A rodada Série B foi liderada pela K1 Investment Management, uma gestora americana focada apenas em empresas de software B2B.

Todos os investidores anteriores acompanharam o follow-on, incluindo a Valor Capital, Caravela Capital e a FJ Labs.

A Caju foi fundada em 2020 com a ideia de melhorar a experiência dos benefícios corporativos.

Para isso, criou um cartão que concentra num só lugar todos os benefícios (vale alimentação, refeição e de cultura, por exemplo) e permite ao usuário realocar recursos de um benefício para outro.

No ano passado, o volume transacionado na Caju foi de cerca de R$ 1,5 bilhão — um número que deve mais que dobrar este ano. A empresa atende mais de 12 mil clientes.

Depois dos benefícios Caju quer oferecer SaaS

Agora, a Caju pretende usar os recursos da rodada para entrar em novas categorias que vão ampliar seu escopo de atuação — e suas linhas de receita.

A startup está desenvolvendo um software de automação de processos voltado para o RH das empresas.

Além da sinergia comercial óbvia — já que a startup vai poder vender o software aos mesmos clientes que já usam seu serviço de benefícios — “tem uma sinergia de dados que também é muito grande e importante,” o fundador Eduardo del Giglio disse ao Brazil Journal.

Hoje, as empresas têm que colocar os dados dos colaboradores várias vezes em diferentes sistemas — e, se tiverem que fazer uma mudança, precisam fazê-la em cada um desses sistemas.

A ideia da Caju é oferecer um sistema único que centralize todas as necessidades dos RHs.

Nessa frente, o principal benchmark da brasileira é a Rippling, uma startup americana avaliada em mais de US$ 11 bilhões numa rodada recente com a Bedrock e Sequoia Capital.

A Rippling ajuda o RH das empresas a gerir a folha de pagamento de seus funcionários, todos os benefícios, e o controle do ponto dos funcionários, por exemplo.

Mas seu grande diferencial é justamente um sistema central de dados que permite às empresas administrar as informações dos colaboradores num único lugar.

Além de criar essa nova vertical, o fundador disse que a Caju também quer continuar crescendo no mercado de benefícios — onde o oceano ainda é azul. … leia mais em Brazil Journal 31/08/2022