Essa é a opinião de Frederico Estrela, economista e sócio da Tendências Consultoria. Segundo ele, o primeiro semestre de 2011 registrou recorde histórico no que diz respeito a fusões e aquisições.

Estrela se baseou em estudo divulgado pela consultoria KPMG que indica que de janeiro a junho deste ano foram realizadas 379 transações, 8% a mais do que no mesmo período de 2010, quando aconteceram 351 operações. Nessa conta não entra a recente fusão das empresas Sadia e Perdigão, aprovada no dia 13 de julho pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A pesquisa da KPMG revela ainda que as transações domésticas (de empresas brasileiras adquirindo empresas brasileiras) foram predominantes, embora tenha crescido as aquisições de empresas nacionais no exterior. As nacionais mantiveram-se em um patamar elevado, com 175 acordos, contra 161 nos primeiros seis meses do ano passado.

O avanço das fusões e aquisições no Brasil não é algo novo. De acordo com Estrella, os números revelam que desde o início dos anos 2000, o crescimento tem sido relevante. O economista ressalta que em 2001 foram realizadas 146 transações domésticas e 340 entre países (brasileira adquirindo estrangeira no exterior ou brasileira adquirindo estrangeira no Brasil). Em 2010, foram 333 domésticas e 393 entre países.

O IBD (Investimento Brasileiro Direto), referente às aquisições de participações no exterior, é alto. Em 1995 o valor era de US$ 1,5 bilhão e em 2010 foi de US$ 34,9 bilhões.

A área de alimentos, bebidas e fumo foi a segunda com maior número de transações em 2010. Um total de 42. Perdeu apenas para tecnologia, com 85 negociações, e ganhou de energéticas (36), petróleo e gás (34), serviços (30) e outros segmentos (458).
Fonte:supermercadomoderno01/08/2011