O Tribunal de Contas da União se reúne hoje às 16 horas para dar sinal verde à privatização mais consequente dos últimos anos – ou para sepultar a capitalização da Eletrobras, mantendo a companhia à mercê da classe política.

Antes de entrar no mérito do julgamento de hoje, é preciso chamar as coisas pelo que elas são.

Assim como a Petrobras, Eletrobras sempre foi uma vaca sagrada de tetas suculentas – desde aquele feudo chamado Furnas, tão sagrado para os políticos de Minas, até a CHESF, igualmente o xodó da elite política local.

Certa vez, um ex-CEO da Eletrobras se indispôs com um importante senador da República quando – imagine só – nomeou um presidente de Furnas que não era mineiro e mandou fechar o escritório de Furnas em Belo Horizonte.

O projeto de capitalização da Eletrobras, aprovado pelo Congresso, prevê que o mercado vai aportar cerca de R$ 25 bilhões na empresa. A Eletrobras, por sua vez, vai pagar ao Tesouro – ao longo da concessão – um total de R$ 67 bilhões.

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Eletrobras: a narrativa do 'erro de cálculo'

Esse dinheiro terá diversos destinos: investimentos na revitalização de bacias hidrográficas, redução na conta de luz de milhões de brasileiros e abatimento da dívida pública.

Mas eis que, na reta final do processo, semanas atrás começaram a surgir na imprensa narrativas sobre um suposto “erro de calculo” no valor da outorga.

Segundo assessores do Ministro Vital do Rego – um notório opositor de privatização – a Eletrobras estaria pagando menos ao Tesouro do que deveria…Leia mais em Brazil Journal 15/02/2022