As empresas brasileiras estão com bala na agulha para irem às compras. Após uma enxurrada de ofertas de ações, as companhias captaram R$ 15 bilhões a serem destinados a fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) e compras de outros ativos, considerando-se apenas o valor de 2021, até julho.

Para banqueiros de investimento, a tendência é de compras fervilhando nos próximos meses.

Com empresas capitalizadas e tentando consolidar seus setores – especialmente em varejo e saúde –, e algumas procurando antecipar operações para evitar a volatilidade com o cenário eleitoral de 2022 e possíveis efeitos da reforma tributária, a expectativa é de recorde de negócios.

Empresas captaram recursos em IPOs e devem ir às compras Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Especificamente para financiar fusões e aquisições, as empresas captaram R$ 3,5 bilhões este ano em ofertas de ações – em aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) e via follow on (oferta subsequente) -, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Há ainda mais R$ 11,2 bilhões conseguidos junto a investidores para o que as companhias descrevem nos prospectos como “compras de ativos/atividade operacional”, o que inclui também as M&A.

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“Máquinas de M&A”

O movimento é tão intenso que algumas companhias que captaram no mercado de ações, como Rede D’Or, Intermédica e Hapvida vêm sendo chamadas pelos banqueiros de investimento como “máquinas de fazerem M&A” – e seguem comprando. Muitas querem ser consolidadoras para não serem engolidas pelos concorrentesLeia mais em estadao 25/08/2021