Ser unicórnio “é coisa do passado,” proclama o fundador da Take Blip, Roberto Oliveira, em meio ao colapso no apetite a risco que deu origem ao termo.

“A moda agora é ser camelo [uma empresa que gera caixa] e centauro [uma empresa que já fatura mais de US$ 100 milhões/ano]. E já somos os dois.”

A Take – que ajuda empresas a conversar com seus clientes em canais como Whatsapp e Facebook Messenger – está passando ao largo da crise: a startup acaba de levantar US$ 70 milhões com a Warburg Pincus.

A rodada vem um ano e meio depois da gestora americana ter investido outros US$ 100 milhões na Take Blip no maior Series A da história do Brasil.

A startup não abre o valuation, mas diz que ele foi “substancialmente maior que o da Série A”, um feito e tanto num mercado onde a liquidez está mais escassa e os valuations, surrados.

“Em 2021, qualquer empresa com boa tese atraía capital e bons valuations,” Marcelo Hein, o chief strategy officer da Take Blip e um ex-banker da Lazard, disse ao Brazil Journal. “Agora, a saúde financeira é bem mais relevante: você precisa ter uma boa proposta de valor, uma boa adoção dos clientes, mas também boas margens e bons unit economics .”

Entre 'camelo' e centauro'

A Take acaba de atingir um annual recurring revenue (ARR) de US$ 100 milhões, e espera fechar o ano com receita de US$ 125 milhões.

“Temos crescido a taxas de 100% ao ano, e esperamos manter… leia mais em Brazil Journal 07/06/2022