A Exxon Mobil Corp. concordou em comprar a Denbury Inc. por US$ 4,9 bilhões, sua maior aquisição em seis anos, em um acordo que fornecerá à gigante do petróleo a maior rede de oleodutos de dióxido de carbono nos EUA.

O principal ativo de Denbury são 2.092 quilômetros de oleodutos dedicados ao transporte de CO2, infraestrutura crítica para que os EUA tenham sucesso na captura de emissões de carbono de instalações altamente poluentes, como refinarias e fábricas de produtos químicos.

O acordo da Exxon é o maior desde a compra da área central da Bacia do Permiano da família Bass por cerca de US$ 6,6 bilhões em 2017 e é o maior investimento individual em gerenciamento de carbono desde a Lei de Redução da Inflação aprovada em agosto. A lei incluiu disposições climáticas históricas, fornecendo incentivos fiscais substanciais para as empresas capturarem as emissões de CO2 e armazená-las no subsolo, em vez de poluir a atmosfera.

“O objetivo aqui é ajudar a acelerar o caminho do mundo para o zero líquido”, disse Dan Ammann, presidente do negócio de soluções de baixo carbono da Exxon. “Isso é aditivo e acelerador para esses esforços.”

Exxon compra Denbury por US$ 4 9 bilhões

O acordo consolida uma reviravolta notável para a Denbury, que faliu em 2020 depois que os preços do petróleo despencaram quando a Covid-19 esmagou a demanda por petróleo em todo o mundo. Naquela época, Denbury era especialista em recuperação aprimorada de petróleo, um método confiável, mas de alto custo, de usar CO2 para extrair petróleo de campos antigos. Mais de 70% da rede de dutos de Denbury estão na Costa do Golfo, que abriga a maior concentração de emissões industriais nos EUA.

“Nossos consultores realmente trabalharam para encontrar a melhor maneira de maximizar o valor para esta empresa”, disse o CEO da Denbury, Chris Kendall, em entrevista. “A Exxon claramente se tornou a melhor opção para trazer o mesmo foco e a mesma crença no CCS como uma ótima ferramenta para descarbonização.”… leia mais em Valor Econômico 13/07/2023