Embora a aquisição da ARM pela NVIDIA tenha sido cancelada diante de barreiras impostas por órgãos regulatórios, a japonesa SoftBank (atual dona da empresa) continua interessada em sua venda. Entre as interessadas em um possível negócio está a fabricante de memórias sul-coreanaSK Hynix, que estuda a formação de um consórcio de investidores para comprar a fabricante de processadores.

Segundo a agência de notícias Yonhap, o vice-presidente e CEO da SK Hynix, Park Jung-ho, afirmou que sua companhia estuda a realização de parcerias estratégicas que vão possibilitar a compra. “Não acredito que a ARM seja uma empresa que posas ser comprada por uma única companhia”, afirmou o executivo após a assembleia anual de acionistas da corporação.

Em um comunicado divulgado pouco depois, a SK Hynix afirmou que a declaração do CEO deve ser encarada somente como uma resposta a uma pergunta feita pela imprensa. Segundo a companhia, ela não se refere a qualquer plano específico ou estratégia futura da fabricante de memórias.

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Fabricante de memórias SK Hynix

SoftBank planeja vender a ARM

Um dos maiores nomes na fabricação de processadores, especialmente no setor mobile, a ARM é considerada como um bem atualmente indesejado pelo SoftBank. Atualmente avaliada em US$ 60 bilhões, a companhia deve passar por diversas transformações após a falha de sua aquisição pela NVIDIA.

Os primeiros reflexos da situação aconteceram nos quadros de colaboradores da companhia, que deve cortar até 15% de seus 6,5 mil funcionários. Segundo a companhia, isso é consequência do fato de que ela não vai mais receber o aporte financeiro que era esperado com o fim do processo de compra.

Enquanto a ARM se mostra uma aquisição atraente para diversas empresas, os planos atuais do SoftBank envolvem a abertura das ações da companhia na bolsa Nasdaq em março de 2023. Segundo o Financial Times, a companhia pretende transferir ações de sua joint venture chinesa para um veículo de propósito especial do SoftBank Group, o que deve acelerar sua oferta pública inicial.

A divisão continuará associada à sede britânica da ARM por um acordo de licenciamento, e permitirá que ela continue recebendo receitas da ARM China, que não precisará passar pela auditoria de suas finanças. Com isso, a esperança do banco japonês é acelerar o processo de abertura das ações da companhia na bolsa… leia mais em Adrenaline 31/03/2022