A família Jereissati — controladora da rede de shoppings Iguatemi — é a mais nova investidora do mercado pet brasileiro.

Por meio de seu veículo Cadonau, os Jereissati acabam de comprar 20% da Petland, a ‘masterfranquia’ da rede americana de pet shops que já tem 365 lojas no Brasil.

O Cadonau tem ainda uma opção para comprar outros 5% nos próximos 12 meses.

O investimento vem na esteira de outras transações no setor, incluindo a compra de uma participação na Petcamp por um fundo gerido pela BR Partners, o investimento da Kinea na Cobasi — sem falar nos sucessivos M&As da Petz para robustecer seu ecossistema.

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A Petland vinha conversando com investidores desde o início do ano.

A empresa recebeu propostas de players estratégicos do setor e de investidores financeiros, mas optou pelo Grupo Jereissati “pela confiança que eles mostraram na nossa visão,” o CEO Rodrigo Albuquerque disse ao Brazil Journal. “Eles vão nos dar total autonomia para continuarmos tocando o negócio e seguir nossa estratégia.”

Os Jereissati terão um dos cinco assentos do conselho da Petland.

Como parte da rodada, a Petland americana também está virando sócia da operação brasileira, ganhando uma participação pequena no capital em troca de uma redução significativa nos royalties mensais que a brasileira paga à americana.

O investimento vai permitir à Petland acelerar seu plano de expansão com uma estratégia de conversão de franquias. Hoje, das 365 lojas que a rede tem, 152 são franquias, e o restante são as chamadas “lojas afiliadas”, que usufruem dos benefícios comerciais do grupo, mas que (ainda) não usam a marca Petland.

Com a rodada, a Petland quer converter 150 das 213 afiliadas, bancando o retrofit do ponto de venda e o investimento em mídia, para divulgar a abertura.

O dono do petshop não terá nenhum custo: ele apenas começará a pagar os fees tradicionais de uma franquia (um royalty sobre o faturamento, além de um fee em cima das transações com cartões e da distribuição).

A Petland estima que cada conversão vai demandar um investimento de cerca de R$ 250 mil e que o payback se dará em 18 a 20 meses. No total, a rede deve gastar R$ 30 milhões com as conversões.

“Isso é positivo para toda a rede porque aumenta o nosso poder de barganha nas compras,” disse o CEO. “Além disso, com mais lojas a percepção de marca também melhora muito.”

A Petland vai fechar este ano com um GMV (a soma das vendas de todas as 365 lojas) de R$ 292 milhões, um crescimento de 60% na comparação anual. Para o ano que vem — já considerando as conversões e a abertura de novas franquias — a expectativa é que esse GMV suba para R$ 464 milhões……Saiba mais em braziljournal.01/12/2021