A FCamara acaba de fechar a compra do controle da Play Studio, numa transação que une as ferramentas de tecnologia de uma aos projetos de inovação da consultoria da outra. A FCamara vai injetar capital no caixa da Play Studio, que continuará sendo tocada por Romulo Perini e Rodrigo Bürgers.

A companhia de Fabio Camara leva agora 51% do negócio e pode chegar a 100% em cinco anos, num potencial valuation de R$ 150 milhões conforme a entrega de certas métricas. Além do pagamento pelas ações agora, de montante não revelado, a FCamara vai investir R$ 100 milhões no negócio em 2024, para acelerar a venture builder.

“A gente vem se especializando na criação de negócios digitais, prática que as corporações ainda não dominam. Ajudamos a conceber e validar um produto e serviço e trazíamos outra empresa para desenvolver as ferramentas e colocar de pé, que é justamente o que a FCamara já faz”, diz Perini. “Eles têm a ideia do produto e a gente tem a receita para executá-la. O cliente agora fica atendido de ponta a ponta”, emenda Camara.

FCamara compra controle da Play Studio
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Na atuação como consultora e venture builder nos últimos nove anos, a Play Studio também formou uma carteira de investidas, como a cerveja Praya, a foodtech The Question Mark e o e-commerce de orgânicos Raízs – parte delas por remuneração em equity do serviço prestado e outras por participação na criação do negócio. Essa carteira de equity não faz parte da transação com a FCamara, mas as companhias podem olhar novos negócios juntos nesse formato.

A aproximação começou no ano passado, em um projeto que as companhias tocaram juntas. A consultoria tinha começado a conversar com investidores para uma potencial injeção de capital, para investir em marketing. Já rendeu um cliente novo: numa concorrência feita por uma empresa de odontologia para um plano digital, a Play Studio levou por oferecer toda a jornada. Assim, a parceira virou sociedade.

Integradora de TI, a FCamara tem se definido como um ecossistema de tecnologia, o que já incluiu aquisições para diferentes serviços – como a compra da SGA, especializada em computação em nuvem e cibersegurança, a Nação Digital, agência de performance de vendas, e a OmniK, que estrutura plataformas de marketplace.

“Temos compromisso com o problema: vamos buscar todas as soluções tecnológicas possíveis para resolver uma questão do cliente e, por isso, precisamos dessa pluralidade de caminhos e produtos”, diz Camara. As aquisições da companhia, fundada em 2007, incluem operações no mercado internacional, como Portugal e Reino Unido. Outras três transações estão em negociação… leia mais em Pipeline 19/10/2023