Após desistir de venda para Hotmart, BeUni atrai fundos de venture capital
Dois anos depois de ter desistido de um acerto de venda para a Hotmart, a BeUni voltou a atrair o interesse de investidores. A startup, que tem uma plataforma online para atender empresas interessadas em ter brindes com suas marcas — como camisetas, garrafas e canecas –, foi a mercado para captar recursos nos últimos meses e agora está pela primeira vez adicionando fundos de venture capital à sociedade: os cariocas Sai do Papel e EquityRio Investimentos.
Nessa leva, a empresa também conseguiu atrair a FEA Angels, rede de investidores-anjo formada por ex-alunos da Faculdade de Economia e Administração da USP. Eles e os dois fundos se juntam, portanto, aos 50 investidores-anjo que participaram de uma rodada feita no início do ano por meio da plataforma Investidores.VC. No total, o esforço de captação já chega a R$ 2,5 milhões em 2023.
O dinheiro vai ajudar a empresa a cumprir a meta de dobrar o time até o fim do ano, com foco nas equipes de markting e comercial, além de trazer executivos de liderança. Uma parte do aporte também vai fortalecer a infraestrutura de tecnologia do produto.
Os recursos chegam depois de uma reviravolta nos rumos da companhia. No fim de 2021, a BeUni chegou a vencer um desafio promovido pela Hotmart para encontrar ferramentas e produtos que tivessem sinergia com a operação da plataforma de cursos online e criação de conteúdo.
Depois de passar por uma disputa com 50 startups de diversos setores, selecionadas num pool de mais de 600 inscritas, a BeUni recebeu uma proposta de aquisição da Hotmart no valor de R$ 7 milhões. A oferta foi aceita, mas não foi adiante. A Hotmart confirma que decidiu, em comum acordo com a BeUni, não seguir com o acordo anunciado em 2021.
Não é a primeira vez, porém, que a BeUni muda a rota. Fundada em 2019, a startup teve como inspiração inicial as lojas de souvenir que fazem sucesso nas universidades americanas. “Eu fiz uma graduação sanduíche nos EUA e vi que lá isso era um negócio grande. As pessoas visitam as universidades e querem um moletom, uma caneca. Não tinha isso aqui”, conta Murilo Pratavieira, co-CEO e cofundador da BeUni, ao lado do irmão, Marcel. “A gente queria ser a Follet do Brasil.”.. leia mais em Pipeline 18/10/2023