[playht_player width=”100%” height=”90px” voice=”pt-BR_IsabelaV3Voice”]

Laboratório enfrentava desafios operacionais com processos licitatórios internacionais para a aquisição de insumos essenciais.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) vai investir R$ 35 milhões na aquisição do Laboratório de Produção de Ímãs de Terras-Raras (LabFabITR), conforme valuation realizado. A venda, anunciada pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) nesta quinta-feira (21), consolida a presença de Minas Gerais no setor de terras-raras e ajuda a reduzir a dependência do mercado internacional, uma vez que, atualmente, 90% desses ímãs são importados da China.

Após duas licitações sem interessados no ativo, a aquisição do LabFabITR pela Fiemg mantém o projeto em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e vai promover treinamento e capacitação para o corpo técnico especializado na área, impulsionando o conhecimento local.

O laboratório, especializado na produção de ímãs de terras-raras, enfrentava desafios operacionais para realizar processos licitatórios internacionais para a aquisição de insumos essenciais, especialmente da China. “Em um setor que exige agilidade para atender à demanda de mercado, a Companhia optou por buscar um parceiro estratégico capaz de operar eficientemente a planta piloto, a planta principal e todos os laboratórios vinculados ao projeto”, afirma o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano.

O potencial brasileiro para a produção de ímãs de terras-raras é imenso, uma vez que o País, junto com o Vietnã, possui a segunda maior reserva de elementos terras-raras. Para a fabricação dos ímãs em questão no LabFabITR, é necessário que os elementos de terras-raras sejam extraídos, concentrados e separados.

Atualmente, no Brasil, as mineradoras que atuam com esses elementos realizam apenas a extração e concentração. Sendo assim, o laboratório precisa comprar terra-rara metálico de países como China e Reino Unido. Para diminuir essa dependência do mercado internacional, o próprio LabFabITR vem desenvolvendo estudos para a utilização de ímãs de fim de vida como matéria-prima.

O laboratório possui uma capacidade de produção de 100 toneladas de ímãs por ano, contudo essa capacidade pode ser expandida até 250 toneladas. Planeja-se que, no primeiro ano de operação do empreendimento, sejam fabricadas 5 toneladas de ímãs e, a partir do segundo ano, essa quantidade triplique, aumentando anualmente…. Leia mais em diariodocomercio. 21/12/2023