A financeira DM (antiga DM Card) informou que assinou um acordo vinculante com a Credz para aquisição da carteira de direitos creditórios decorrentes de operações de cartões. Segundo a DM, a conclusão e o fechamento desta operação estão sujeitos ao cumprimento de certas condições suspensivas, como é de praxe no mercado, tais como as aprovações formais de órgãos societários de cada parte.

“Deste modo, a conclusão do negócio pode ou não se efetivar. A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre quaisquer novos fatos relevantes relacionados a esse assunto”, diz a DM em fato relevante enviado à CVM.

Em janeiro, a transação já havia sido aprovada pelo Cade, mas ainda depende de aval do BC.

As negociações entre DM e Credz ocorrem pelo menos desde setembro do ano passado. Semanas antes, a Credz deixou de pagar uma nota comercial junto ao BV, o que fez o banco entrar com um pedido de execução extrajudicial e desencadeou uma série de desdobramentos.

A família Zogbi vendeu o banco que levava seu sobrenome para o Bradesco em 2003, por R$ 650 milhões. Em 2011 criou a Credz e mais recentemente pretendia transformá-la em uma financeira. A Credz nasceu como emissora e bandeira de cartões, mas em 2018 fechou acordo com a Visa e deixou de atuar como bandeira. Quando começou a apresentar problemas, a Credz tinha quase 1,2 milhão de cartões ativos e um volume de pagamentos processados (TPV) de R$ 8 bilhões.

Já a DM, na ocasião, tinha 1,7 milhão de cartões. Ou seja, se forem mesmo combinadas, elas formariam a maior administradora de cartões independente do Brasil, com quase 3 milhões de plásticos e um TPV de R$ 20 bilhões… saiba mais em Valor Investe 15/03/2024