Por atender a um perfil de clientes mais suscetível à instabilidade econômica, muitas fintechs de crédito viram a inadimplência subir muito antes das estatísticas oficiais confirmarem o movimento. Para lidar com esse cenário, algumas desaceleraram o ritmo de originação, ajustaram os modelos de concessão de empréstimo e precisaram fazer aportes nos fundos de direitos creditórios (FIDCs) estruturados para financiar suas operações.

Esse foi o caso da Peak Invest, que atende pequenas e médias empresas com faturamento anual de até R$ 600 mil. Em 2020, quando já era grande o desafio de lidar com os efeitos da pandemia, a fintech levantou seu primeiro FIDC. Segundo o fundador Marcio Berger, naquele momento, com o juro básico ao redor de 3,5%, emprestava a uma taxa prefixada de, em média, 1,5% ao mês. Já o custo de captação, que era de CDI + 5%, disparou junto com o aumento da Selic.

Fintechs desaceleram

Para evitar que esse desequilíbrio afetasse a chamada cota subordinada do FDIC – a parte dos recursos captados junto a investidores -, a Peak Invest fez um aporte nesse fundo. Nesse período, a inadimplência também disparou e chegou perto dos 12% – hoje, está em 8%. “Foi muito complicado, um desafio enorme. Quem não se reinventou quebrou”, afirma… leia mais em Valor Econômico 25/08/2022