Nascida de um spin-off da Edenred — dona da Ticket e Repom —, a logtech Freto acaba de levantar R$ 12,3 milhões com o fundo de corporate venture capital (CVC) da própria Edenred e com as famílias Galló, Corrêa da Silva e Stumpf. O cheque é uma extensão da rodada de R$ 22,5 milhões realizada pelos mesmos investidores em 2021.

Embora o inverno das startups tenha exigido socorro de alguns fundos às suas investidas, este não é o caso da Freto, afirma Christiano Galló, cofundador da Quartz Investimentos. Segundo ele, a startup se capitalizou junto aos principais acionistas para acelerar a expansão geográfica. Com presença no país todo, mas atuação ainda muito concentrada no no Sudeste e no Nordeste, a plataforma deve usar o capital para crescer mais rapidamente nas demais regiões.

Enquanto o sobrenome Galló já remete ao varejo, as famílias gaúchas Corrêa da Silva e Stumpf são conhecidas por empreendimentos como Getnet, Embratec, Saque e Pague e Banco Topázio.

A Freto atua basicamente como um marketplace que conecta caminhoneiros, embarcadores e transportadores. Como o Brasil tem uma tradição de transporte de carga por rodovias — mas com um mercado ainda pouco digitalizado —, uma série de startups tem buscado explorar esse terreno, como Cargo X, Fretebras, Trizy e TruckPad.

Apesar da concorrência, o gestor da Quartz acredita que a Freto está bem posicionada. “Esse histórico na Edenred também nos dá confiança, porque é uma empresa que já nasceu com a cultura de compliance e governança”, ele diz.

Demanda não falta, defende a plataforma. Ainda em 2013, quando a Edenred adquiriu a Repom, o grupo francês enviou ao Brasil seu contratado Thomas Gautier para assumir o cargo de CFO e encontrar parcerias estratégicas no segmento. Ao assumir o desafio, o executivo percebeu a carência do mercado de logística na região — também muito mais complexa que na sede europeia…. leia mais em Pipeline 21/03/2024