Telefônica/Vivo quer atacar primeiro o setor privado, focando em operadoras de planos de saúde, hospitais e corporações interessadas

Nova unidade de negócios da Telefônica fará lançamento no Brasil de sistemas de gestão de saúde que já estão em uso em países como Espanha, Inglaterra e Chile.

Desde setembro, quando anunciou sua nova estrutura global, com a criação da Telefônica Digital, a companhia espanhola vem dando sinais de que quer ser mais do que uma provedora de conectividade.

Por meio da recém-criada unidade de negócios, a Telefônica pretende investir no desenvolvimento de novas plataformas de negócio, prestando serviços de alto valor em áreas estratégicas, como saúde digital, que dependem da rede de telecomunicações para funcionar.

E é justamente o mercado de saúde que a companhia começa a explorar no Brasil. A empresa lançará ofertas comerciais na área ao longo deste ano e para isso vem realizando projetos-piloto. Vinte profissionais, das áreas técnica e comercial, estão dedicados à área.

“Estamos trazendo para o Brasil soluções de saúde digital desenvolvidas pela Telefônica Digital e em uso na Espanha, na Inglaterra e no Chile. Para trazê-las para o Brasil é preciso fazer adaptações para o mercado local”, afirma Maurício Romão, diretor de produtos e serviços financeiros da Telefônica/Vivo.

Com esses produtos, a Telefônica/Vivo quer atacar primeiro o setor privado, focando em operadoras de planos de saúde, hospitais e corporações interessadas em soluções para a saúde de funcionários.

“Nunca seremos um hospital ou um convênio. Atuaremos com parceiros e vendemos a solução tecnológica”, diz Romão.

Informatização de hospitais

Para hospitais, operadoras de plano de saúde e médicos, um dos produtos em adaptação é a agenda eletrônica, que tem 6 milhões de clientes, entre médicos e hospitais, cadastrados na Espanha. Trata-se de uma plataforma que permite a marcação de consultas por meio de unidade remota de atendimento.

Outro produto é o sistema de gestão de imagens, que armazena exames na internet para que sejam acessados por médicos à distância, sempre com a permissão do paciente.

A solução de telereabilitação, composta por software e sensor que é conectado à televisão, funciona como se fosse um videogame para tratamentos de fisioterapia.

“Hoje, você vai dez vezes à clínica para fazer fisioterapia. Com a solução, o paciente vai uma vez, aprende os movimentos com o fisioterapeuta e repete em casa. Se fizer o movimento incorretamente, a solução avisa”, diz Michel Daud Filho, diretor de promoção à saúde da Vivo/Telefônica.

A empresa também vai tropicalizar o sistema de gestão de doentes crônicos que somam 20% da população mundial. Por Fabiana Monte
Fonte:brasileconomico10/01/2012