O ciclo de alta de juros no Brasil tem sido insuficiente para frear as gestoras de recursos dedicadas à compra de participação em empresas. Depois de um 2021 de muita movimentação no setor, principalmente no segmento de “venture capital”, com captação de R$ 46,5 bilhões — de R$ 53,8 bilhões no total, segundo dados da Abvcap e da KPMG —, 2022 começa com várias iniciativas testando a disposição do investidor para as classes ilíquidas mesmo com a Selic de volta aos dois dígitos.

A SPX já anunciou que pretende levantar até R$ 2,5 bilhões no seu primeiro fundo de private equity após assumir no Brasil a carteira e equipe do Carlyle. Romero Rodrigues, da Headline Global, agora integrado à XP Asset, vislumbra um novo veículo para investir em novatas do segmento de VC, com plano de ter um total de R$ 5,5 bilhões no setor em cinco anos.

A Daemon Investimentos vai estrear um FIP de energia renovável, enquanto Fors Capital e Blustone são outros dois exemplos que têm buscado capital para selecionar negócios com algum viés de impacto.

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Gestoras de venture capital e private equity
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Há parcerias e reforços de equipe para aproveitar uma onda que perpassa os ciclos econômicos. Depois de a safra de investimentos feita há pouco mais de uma década ter apresentado resultados frutíferos para famílias de alto patrimônio, há incentivo para aportes em fundos de VC e de private equity, segundo Thiago Castro, CEO da Tag Investimentos. Os ilíquidos já representam uma fatia maior das carteiras dos clientes de maneira geral… leia mais em Valor Investe 09/03/2022