Vencedora do leilão de concessão do aeroporto de Guarulhos (SP), a Invepar tem planos de fazer uma oferta pública inicial no prazo entre 12 e 24 meses, segundo o presidente da companhia Gustavo Rocha.

Já a Engevix, que levou o terminal de Brasília, ainda não tem planos de estrear na bolsa. “Pelo menos não por enquanto”, disse o presidente da empresa, José Antunes Sobrinho.

Durante coletiva de imprensa realizada logo após o final do leilão, na BM&FBovespa, as três empresas vencedoras (Invepar, Engevix e Triunfo) afirmaram que o BNDES deve financiar os investimentos de imediato. “No médio prazo, a temos confiança de que as debêntures de infraestrutura podem ser uma boa alternativa de financiamento”, comentou Rocha, da Invepar.

A Invepar deu lance de R$ 16,231 bilhões pelo terminal ainda na primeira fase da disputa (abertura dos envelopes). A disputa foi levada para a etapa de viva-voz, mas nenhum consórcio se manifestou, deixando a Invepar no posto de vitoriosa, com proposta de ágio de 373%. “Estamos tranquilos e confiantes de que aproveitamos uma ótima oportunidade por um preço justo. Passamos oito meses estudando essa oportunidade”, destacou Rocha.

A Engevix venceu Brasilía com o maior ágio: 673,39%. A disputa pelo aeroporto foi a única que foi definida apenas no viva-voz. Assim como Guarulhos, a concorrência pelo terminal de Campinas, que ficou com a Triunfo, não teve novas propostas na segunda fase do leilão.

Questionado pelo alto valor do ágio proposto, Sobrinho, da Engevix, disse que está confiante de que o Brasil dependerá da infraestrututura aeroportuária para crescer nas próximas décadas. “Quem acha que pagamos alto, vai ver o verdadeiro resultado daqui a dez ou 15 anos”, afirmou o executivo. Por Marina Falcão
Fonte:Valor06/02/2012