IPOs abrem janela para o Nordeste
A atual temporada de aberturas de capital na Bolsa, com Moura Dubeux, de Recife, e agora Pague Menos, de Fortaleza, antecipa um 2021 fértil.
O maranhense Grupo Mateus já protocolou pedido na CVM.
A Aeris, no Pecém, se prepara. Isso depois de dois cearenses emblemáticos: Hapvida na B3 e Arco Educação na Nasdaq, em Nova York.
Um recomeço de IPOs (na sigla em inglês para oferta pública inicial) importante após M.Dias Branco em 2006. Também uma demonstração do vigor do mercado de capitais, frente a uma Selic de 2%.
O movimento encontra uma zona semi-desértica para o Nordeste, com apenas 25 companhias da região em um universo de quase 400 companhias na B3.
O presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec Nordeste), Célio Fernando Melo, observa: “Uns vão direto para IPO, mas o natural seria primeiro ter um fundo de private. Se prepara melhor e ganha preço. Os múltiplos internacionais são bem maiores. A questão é de estratégia, escala e apetite do mercado nacional e/ou internacional”.
Ele lembra que no passado (nos idos de 2012) o fundo Nordeste Empreendedor (primeiro fundo de capital de risco da região, de BNB, BID e investidores locais) pôs dinheiro na hoje Unifanor e na Microsol, hoje Schneider Electric. Hoje, o Fundo Arlon está na Betânia e o HIG na Isofarma. Outra referência importante é a gestora General Atlantic, com participações na Arco (já bem vendida) e ainda na Pague Menos.
Há inúmeras operações de M&A que alcançaram médios e grandes grupos no Ceará. “Um mercado que deve avançar bem mais espaço com as perspectivas de recuperação do Economia para 2021”, diz Célio. E por falar em fusões e aquisições, a Apimec Nordeste a partir do próximo ano passa a integrar a Apimec Brasil em mais um passo de consolidação das instituições de mercado. Célio aponta um alvo triplo: competitividade, sustentabilidade e internacionalização… Leia mais em povo 05/09/2020