A Amazon e a iRobot concordaram em rescindir seu acordo de aquisição, citando desafios para obter aprovação regulatória na União Europeia. As empresas informaram nesta segunda-feira (29) que assinaram um acordo de rescisão que resolve todas as questões pendentes relacionadas à transação.

A Amazon pagará à iRobot uma taxa de rescisão de US$ 94 milhões. No início deste mês, o Wall Street Journal informou que o órgão de fiscalização concorrencial da União Europeia planejava bloquear a oferta de US$ 1,7 bilhão da Amazon para comprar a fabricante dos robôs de limpeza inteligentes Roomba. A Comissão Europeia levantou, anteriormente, preocupações sobre a possibilidade de a parceria restringir a concorrência no mercado de robôs aspiradores.

iRobot e Amazon rompem acordo de aquisição

O conselheiro geral da Amazon, David Zapolsky, disse que a empresa estava decepcionada com o desdobramento. “Obstáculos regulatórios indevidos e desproporcionais desencorajam os empreendedores, que deveriam ser capazes de ver a aquisição como um caminho para o sucesso, e isso prejudica tanto os consumidores quanto a concorrência – os pontos que os reguladores dizem que estão tentando proteger”, disse Zapolsky em um comunicado.

À luz da rescisão, a iRobot está realizando uma reestruturação que incluirá 350 demissões, o que representa cerca de 31% da força de trabalho da empresa, enquanto Colin Angle deixará o cargo de CEO e presidente. Angle disse, em comunicado, que ele e o conselho decidiram mutuamente “que a iRobot será melhor atendida por um novo líder com experiência em recuperação”.

Andrew Miller, principal diretor independente do conselho, foi nomeado presidente, enquanto o diretor jurídico Glen Weinstein foi escolhido para assumir o cargo de CEO interino, enquanto a fabricante dos robôs aspiradores busca um chefe permanente. O conselho contratou o especialista em recuperação Jeff Engel para ser diretor de reestruturação.

Os cortes no quadro de funcionários devem resultar em encargos de reestruturação de US$ 12 milhões a US$ 13 milhões, principalmente para indenizações e custos relacionados, que serão computados nos dois primeiros trimestres do ano. A maioria das notificações sobre os cortes deverá ocorrer em 30 de março. Fonte: Dow Jones Newswires… leia mais em ISTOÉ Dinheiro 29/01/2024