A Latitud nasceu, em plena pandemia, com o objetivo de se tornar uma comunidade educativa para fundadores de startups. Criada pelos experientes Brian Requarth, Gina Gotthilf e Yuri Danilchenko, inicia um novo capítulo em sua história. Recentemente, lançou a plataforma Latitud Go, que ajuda empreendedores a fundar negócios globais, diminuindo a burocracia entre startups e investidores internacionais. Agora, acaba de anunciar uma rodada de investimento de US$ 11,5 milhões, liderada pela Andreessen Horowitz, e acompanhada por fundadores de unicórnios latino-americanos, como David Vélez, do Nubank, e Sérgio Furio, da Creditas.

Além deles, entraram founders de startups como Rappi, Kavak e Cornershop. Com o dinheiro, a empresa irá investir na contratação de talentos, com foco em tecnologia e design, e no lançamento do Latitud Go em mercados internacionais, como México e Colômbia. A meta é contratar 50 pessoas até o fim deste ano. Gina Gotthilf conta que a rodada não estava no pipeline do negócio, mas o contato com investidores e a vontade de ampliar o leque de soluções fez o negócio ser fechado rapidamente. “Acredito que fechamos a rodada em três dias”, conta a PEGN.

Sobre a entrada dos novos investidores, os fundadores da Latitud têm certeza de que há uma mudança de patamar no captable do negócio. “Atrair um fundo da primeira classe, como a Andreessen Horowitz, é ter no conselho gente que sabe escalar startups globalmente com muita experiência. Do outro lado, temos um fenômeno como [David] Vélez, um empreendedor que mudou a história dos bancos na América Latina”, afirma Gotthilf.

Latitud atrai David Vélez

Em um ano e meio, a Latitud montou uma comunidade de 800 fundadores na América Latina. Neste processo, conta Requarth, que fundou o VivaReal e o vendeu por US$ 550 milhões, o negócio se transformou. “Passamos de ecossistema para uma empresa de tecnologia, que constroi soluções e plataformas para o ecossistema”, diz o empreendedor. Para o CTO e cofundador Yuri Danilchenko, a companhia se prepara para se tornar responsável por “pavimentar o caminho para empreendedores crescerem”. “Quem empreende passa muito mais tempo resolvendo problemas burocráticos, de gestão, do que de fato focado na sua solução. Queremos resolver tudo isso para deixar os fundadores darem atenção total ao que realmente importa”, diz Danilchenko.

Apesar de o negócio ter um braço de investimento em startups, o dinheiro não será encaminhado para o fundo, garante Gotthilf. A empreendedora diz que a startup terá novidades nesta seara nos próximos meses… leia mais em PEGN 28/03/2022