Únicos participantes, a Empat fez oferta de R$ 15 mil, enquanto o Consórcio Intersal, formado por Intermarítima e Salinor, deu lance de R$ 100 mil

O governo federal realizou o leilão de dois terminais portuários na região Nordeste. O primeiro deles, destinado à movimentação de açúcar no porto de Maceió (AL), ficou com a Empresa Alagoana De Terminais (Empat), grupo formado por produtores. O segundo ativo, o Terminal Salineiro de Areia Branca, um porto-ilha localizado na costa do Rio Grande do Norte, foi vencido pelo consórcio Intersal, formado pela Intermarítima e pela Navenor, empresa do grupo Salinor.

Não houve concorrência no leilão, realizado na sede da B3, em São Paulo. Os dois grupos vencedores foram os únicos interessados nos respectivos terminais. Por serem operações importantes para as cadeias locais, mas muito dependentes de um acordo com os produtores, já não havia expectativa de competição pelos projetos.

A Empat levou o terminal de açúcar em Maceió (AL) com uma oferta de R$ 15 mil de outorga pelo ativo. A companhia, que reúne cerca de 15 usinas de açúcar em sua composição acionária, é a mesma que já cuida do terminal desde 1992. Hoje, essa operação é feita de forma precária, por meio de um contrato de transição.

Com o novo contrato, as empresas ganham mais segurança para a operação, afirmou o presidente da empresa, José Guilherme Cerqueira da Guia.

Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 55,7 milhões, ao longo dos 25 anos de contrato. Trata-se do único terminal de açúcar da região atualmente.

“É com prazer que renovamos a parceria com porto de Maceió para mais 25 anos conduzindo recursos e desenvolvimento para nosso Estado”, afirmou o executivo.

Já o consórcio Intersal, formado por Intermarítima e Salinor, foi o ganhador do porto-ilha no Rio Grande do Norte, com lance de R$ 100 mil de outorga. A empresa também foi a única concorrente.

O processo do Terminal Salineiro de Areia Branca (Tersab) chegou a ser questionado pela Hidrovias do Brasil. Porém, a tentativa de impugnação do edital foi negada e a concorrência, mantida.

O contrato, de 25 anos, prevê investimentos de R$ 165 milhões. A plataforma hoje é operada pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte e é responsável pelo escoamento do sal marinho no Estado, principal produtor do país.

“Reafirmo o desejo de tornar o Tersab um terminal com mais eficiência, para atender toda a cadeira salineira com eficiência, de maneira isonômica e transformar porto no instrumento logístico que o Estado merece”, afirmou Roberto Zitelmann, porta-voz do consórcio e executivo da Intermarítima, que lidera o consórcizo.

Hoje, a Intermarítima tem operações portuárias em Salvador, Aratu e Ilhéus, onde possui terminais de carga geral, grãos e fertilizantes. FONTE: Valor Econômico.. Leia mais em brainmarket 05/11/2021