Os espólios da falência da Daslu, que foi o templo do luxo paulistano, serão leiloados em evento marcados para o próximo dia 11 de maio. A principal aposta da Sodré Santoro, responsável pelo leilão, é que alguém se interesse pelo nome da Daslu e tente resgatar sua aura de exclusividade. Especialistas ouvidos pelo Estadão se dividem, porém, se essa “ressurreição” seria possível.

Responsável pelo leilão, a Sodré Santoro tem experiência em retomada de marcas antigas: foi a companhia que vendeu, em 2010, a marca Mappin para a rede Marabraz. Desde 2019, o Mappin é uma pequena operação de e-commerce, muito distante da potência anterior, mas que continua ativa. Para a leiloeira Mariana Sodré Santoro Batochio, a Daslu chega ao momento da venda com a vantagem de ser vista como “a marca que abriu a porta do Brasil para a maioria das grifes internacionais”.

O processo de venda da marca Daslu já está aberto no site da empresa de leilões e será realizado exclusivamente pela internet. O dono do maior lance será revelado no dia 11 de maio. Os leiloeiros entendem que a marca Daslu, embora faça parte de um grupo que passou por dificuldades e brigas judiciais, não foi necessariamente “contaminada” por essas questões.

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Marca Daslu vai a leilão

Histórico

A Daslu, criada pela empresária Eliana Tranchesi, que morreu em 2012, voou alto por mais de uma década, a partir dos anos 1990. Em um momento em que as marcas de luxo internacionais praticamente não tinham presença no Brasil, a Daslu oferecia não apenas acesso, mas também serviços especializados para suas clientes em um estilo “casa de patroa” – com vendedoras uniformizadas e que tratavam as consumidoras, que muitas vezes passavam a tarde na loja, como se estivessem em uma mansão paulistana…. leia mais em Estadão 27/04/2022