Ricardo Lacerda, do BR Partners: fusões e aquisições seguem aquecidas.

Uma janela para empresas captarem no mercado de capitais do Brasil pode até se entreabrir antes das eleições, mas não antes do segundo trimestre, na visão do sócio fundador e CEO do banco de investimento BR Partners, Ricardo Lacerda. Com mais de 30 anos de estrada, ele afirma que o mercado está “em pânico com a perspectiva de o governo querer comprar a reeleição a qualquer custo”. E, nesse ambiente “tenebroso”, de muita volatilidade, juros subindo e ações caindo, é difícil que os negócios saiam ilesos.

Mesmo assim, algumas operações estão surpreendendo, como as fusões e aquisições, que seguem aquecidas, e a busca por instrumentos de proteção pelas empresas (hedge) para juros e câmbio – esta última área ostenta crescimento de 243% no banco, neste ano.

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A carteira de negócios do BR Partners está forte, apesar da volatilidade, conta Lacerda, sobretudo de empresas considerando fusões ou emissões de dívida. Como o banco não tem foco em ofertas de ações, acabou sendo pouco afetado pela freada das operações, que pararam desde agosto.

Liquidez

Se houver maior clareza sobre a política fiscal do governo até as eleições, reduzindo o temor de descontrole de gastos públicos, Lacerda acha que uma janela se abre até lá, para ofertas iniciais (IPOs, em inglês). Até porque, no mercado internacional, a liquidez ainda é alta.

No BR Partners, Lacerda afirma que procura uma gestora para comprar, com o objetivo de entrar na área de gestão de fortunas. Já avaliou algumas empresas e está em negociações, enquanto também desenvolve uma plataforma própria, prevista para o fim do primeiro trimestre de 2022……Saiba mais em estadao.18/11/2021