A 2TM, holding que controla o Mercado Bitcoin, está comprando uma fatia majoritária na Criptoloja, exchange portuguesa de ativos digitais. Assim, inicia sua expansão internacional pela Europa. Após receber aportes e se tornar um unicórnio, a empresa já vinha dizendo que se expandiria nesse continente e na América Latina. A Criptoloja começou a operar há pouco tempo, em julho de 2021, a após receber a primeira licença do tipo no país.

De acordo com comunicado da 2TM, a operação está sujeita à aprovação desse órgão regulador. “Portugal é um mercado estratégico porque além de exigir licença específica e ter importância crescente no cenário cripto, mostra um caminho para o mercado europeu. Além da capacidade financeira, nossos investidores trouxeram a excelência tecnológica necessária para competirmos globalmente”, afirma Roberto Dagnoni, CEO do Grupo 2TM.

No seu site, a Criptoloja diz que oferece “centenas” de criptomoedas para os clientes. Mas, não há números sobre quantas transações já intermediou. Os fundadores da empresa são Luís Gomes e Pedro Borges, que continuarão à frente do negócios e vão liderar a expansão na Europa. Ambos vieram do mercado financeiro.

Gomes tem 15 anos de experiência em banco de investimento, private equity e consultoria de gestão. Em 2008, fundou foi CEO da Activotrade Valores, corretora online com sede em Barcelona. Borges foi o primeiro CEO do Saxo Bank no Brasil e tem experiência com ações com startups, incluindo a marca GoBulling no Banco Carregosa. Desde 2014 atua em blockchain e criptomoedas, criou e liderou nesta área projetos como o ICO SOFA e o AprenderSobreBitcoin.com

A 2TM começa a expansão na Europa no mercado de balcão (OTC like), que é a operação fora de uma bolsa de valores. Depois, levará a “plataforma completa do Mercado Bitcoin também para o varejo e para investidores institucionais”, diz o comunicado. Para Dagnoni, haverá sinergias por conta de fatores como idioma e oportunidades de cross-sell para clientes. Um dos grupos em que o Mercado Bitcoin está de olho são os brasileiros que vivem em Portugal.

“Não há dúvida de que estar com uma companhia investida pelo SoftBank, ou de fundos como Tribe e 10T, contribui para a construção da nossa reputação em Portugal. Além disso, há a expertise da empresa na construção de uma exchange forte, a maior em ativos digitais de toda a América Latina, e com a clara missão de transformar o setor na região. Queremos fazer o mesmo com Portugal e Europa” disse Gomes.

Ao comprar a Criptoloja, a 2TM também vê vantagem em estar em Portugal porque a Europa tem um processo de regulação crescente. Portanto, isso deve ajudar a atrair investidores institucionais. O país europeu, diz ainda a empresa, é um dos mais receptivos a criptografia no continente.

Pedro Borges explica que o ecossistema cripto está florescendo em Portugal. “As criptomoedas são ainda um tema embrionário, mas com potencial imenso. Queremos que a Criptoloja e as nossas plataformas sejam o lugar a ir, sempre que alguém, particular ou empresa, pense em transacionar, investir, negociar ou simplesmente trocar ideias sobre criptomoedas”, afirmou Borges. Leia mais em blocknews 12/01/2022